Depois, vem o Calvário. Junto à cruz, sua vocação de mãe, no momento em que lhe é confiado o discípulo amado. Finalmente em Pentecostes, Maria se encontra no meio dos apóstolos, como mãe deles, em oração de espera. Chegará o Espírito de Deus, assinalando o nascimento definitivo da Igreja e o começo de uma história nova que durará até o final dos tempos. O evento de Maria se confunde com a chegada de Deus ao mundo. O Espírito jamais a abandonou, e ela foi sempre esposa fiel. O nascimento da Igreja Corpo Místico de Cristo é, portanto, fruto do Espírito Santo, mas também de Maria.
Podemos, portanto, afirmar com absoluta certeza que ela é a Mãe da Igreja. A aceitação da vontade do Pai que a escolhe, a fidelidade ao Espírito Santo que a elege como sua morada e sua maternidade divina, a consagram Mãe dos redimidos de todos os tempos e lugares. Não foi fácil para entender o que se pedia dela. Ser mãe natural de Jesus é sublime, mas também é duro ouvir o seu filho dizer: “Minha mãe e meus irmãos são os que escutam a palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 8,21). Pede-se a ela que seja filha do Filho e discípula de sua mensagem.
No desejo de ser fiel a Jesus Cristo, seu fundador e esposo, a Igreja deve fixar o olhar em Maria, modelo a ser seguido e imitado. Somente assim pode continuar no mundo a obra de Jesus com a energia do Espírito. É belo e consolador saber que podemos contar com a presença maternal de Maria. Ela é nossa herança; a temos em casa conosco, como o fez o discípulo predileto. Sentir-se-á amado por Jesus quem leva a sua Mãe para casa.
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