Exemplo de Vida
Vida de São Frei Galvão por Frei Carmelo Surian
Ele nasceu às margens do magnífico rio Paraíba, na simpática Guaratinguetá, em território paulista, a meio caminho entre São Paulo e Rio de Janeiro, vizinha à cidade de Aparecida. Guaratinguetá, no tempo do pequeno Antônio, devia ostentar bem mais a sua condição de “cidade das garças brancas”.(p.25).
Outro aspecto a ser considerado: o jovem Antônio estudou em Seminário Jesuíta, ingressou e professou na Ordem dos Frades Menores e foi ordenado sacerdote na cidade do Rio de Janeiro.(p.27).
Sobre a inexcedível caridade do pai de Frei Galvão, declara Dona Balduína Galvão de Castro Mafra, uma descendente da família: …Todos os dias ia assistir à Santa Missa, e , quando doente, fazia-se levar para a igreja em sua cadeirinha. Certa manhã, demorou a chegar. Uma velhinha, sentada nos degraus da escada, que dava para a igreja, adormeceu e em sonho viu a alma de seu grande benfeitor, e juntamente os anjos e demônios lutando por sua posse. Mas no mesmo instante, uma grande multidão de pobres acorreu de todos os lados em auxílio dos anjos e assim os demônios foram vencidos. A grande caridade que em sua vida sempre praticara com os pobres, lhe granjeara a salvação.(p.28).
Ordenação
Na sua caminhada para a ordenação sacerdotal, Frei Galvão colheu com júbilo os frutos da formação que recebera dos jesuítas, em Belém. Em vez de três anos de preparação, bastou-lhe apenas um!…Dessa forma, foi ordenado sacerdote no Rio de Janeiro pelo Bispo beneditino Dom Frei Antônio do Desterro, em junho de 1762, com apenas 23 ou 24 primaveras.(p.41).
Consagração à Maria
Em 1766, ele assina, com seu próprio sangue, uma cédula de consagração irrevogável à Virgem Santíssima: “…vos peço pela paixão, morte e Chagas do Vosso Filho, pela Vossa pureza e Conceição Imaculada”…(Ms-42).(p.48).
Obediência
Assim foi com Frei Antônio de Sant’Anna Galvão. Simplesmente obedeceu durante toda a sua prolongada vida religiosa, abraçado à Regra Franciscana: por obediência exerceu com carinho e competência seus cargos de porteiro, pregador e confessor; por obediência se encontrou com a Irmã Helena por obediência heróica fechou o Conventinho recém-nascido, por obediência tornou a abri-lo; (p.70).
Renuncia a si mesmo
Com a naturalidade e a segurança de quem rewconhece que todos os bens são por raiz, do Pai Criador, renunciou sua herança e sua própria família…passou a vestir-se e calçar-se como frade menor, morando, dormindo e comendo com extrema modéstia. Quando comia no Mosteiro que estava construindo queria o resto das refeições das Irmãs…de preferência caminhava a pé, mesmo em viagens como São Paulo-Rio e vice-versa, e tudo para seguir a pobreza do Senhor Jesus…
Partilha
O santo franciscano, na medida do possível, escondidamente pagava as contas, e dava ciência disso aos beneficiados, por terceiros, revelando fidalguia, respeito.(p.72).
Reconciliação
Itu vivia sob a tensão de duas famílias que se odiavam mortalmente. Frei Antônio para lá se dirigiu, no intuito de tentar reconciliá-las. No entanto, por mais que argumentasse, em seu sermão público, para levá-los a cumprir o difícil dever cristão de caridade, nada conseguia. Então mudando de táticas, declarou que seus pecados eram a causa da ineficiência das suas palavras, e passou a flagelar-se publicamente…Assim arrancou a graça do alto:operou-se a paz, a reconciliação.(p.94).
Não julgava o próximo
A mansidão extrema de nosso Santo Frade muito se devia a sua disciplina de jamais julgar o próximo. (p.76)
Que nunca se julgue a criatura alguma, porque o julgar é reservado só a Deus; e se vier alguma coisa que não pareça boa que tudo bote à parte, nunca julgando mal de ninguém; se a ação não parecer boa, que não a façamos, mas, nunca julgando mal, porque só Deus é o verdadeiro juiz e só a Ele toca julgar o próximo. É virtude esta muito recomendada por Sr. Padre, que nunca, nunca julguemos ninguém.(MS-133).(p.95)
Bilocação
Quando seus devotos não podiam vir a ele, Frei Galvão, na sua imensa misericórdia, é que dava um jeito de achegar-se a eles. (p.87).
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