sexta-feira, 17 de maio de 2013

amor na vocação


O amor da vocação


O pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Coqueiros, padre Silvio de Barros Gomes, já completou dez anos de sacerdócio.
Ele é um exemplo de determinação e coragem, que mesmo contra a vontade de sua família deixou a Igreja Assembléia de Deus e seguiu o caminho que o Senhor tinha reservado para ele. Por onde passa, ele evangeliza.
Quando adolescente, Sílvio se apaixonou pela Palavra de Deus. Seu amor foi crescendo e ele começou a perceber algumas coisas com as quais não concordava. Foi quando chegou à Igreja Católica. Na época, começou a participar da Paróquia Santa Sofia, em Cosmos, e o padre José dos Santos, que era o pároco, o acolheu com muito carinho. Aos poucos, foi se aprofundando na fé católica e começou a participar de pastorais e encontros.
Com o tempo, ele percebeu que estava totalmente envolvido pela Igreja e precisava de algo mais radical em sua vida. Explicou que precisou de muita coragem para começar no grupo vocacional, mas Deus o encaminhou.
Com 24 anos, ele entrou para o Seminário São José e também se apaixonou pelo Movimento da Renovação Carismática. Como era de uma Igreja, o movimento contribuiu para alimentar a sua vida espiritual.
Para aquele jovem, o período do Seminário foi muito difícil; pois ele tinha perdido sua mãe aos 12 anos e seu pai, quando soube que ele entraria para o seminário, disse que a partir daquele momento ele não seria mais seu filho.
- Meu pai queria que eu fosse engenheiro. Até entrei para a faculdade, mas não era o que eu queria. Ele me liberou para entrar no seminário, mas quando percebeu que era real, falou que a partir daquele dia eu não era mais seu filho, lembrou padre Sílvio.
Padre Sílvio contou ter passado por muitos momentos difíceis. E revelou que teve como desafio conquistar as pessoas para ajudá-lo na caminhada para o sacerdócio. Seu pai foi uma dessas conquistas. Hoje, ele o vê com outros olhos, mas levou todos os sete anos do seminário para que ele o aceitasse como filho e também como padre.
- No dia da minha ordenação, no espaço reservado para a família, estava apenas minha irmã e meu irmão de criação, mas lá no fundo da Catedral eu vi o meu pai e fui abraçá-lo, contou, emocionado.
Enquanto diácono, Sílvio atuou na Paróquia Coração Eucarístico, em Santíssimo, onde imaginou que seria padre; mas ele foi chamado para um outro trabalho, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Alto da Boa Vista. Havia um padre doente, naquela paróquia, e a comunidade estava se afastando, então era necessário alguém para buscar as pessoas.
- Eu queria ter ficado na Coração Eucarístico, que foi uma comunidade que investiu em mim, mas eu fui para a Nossa Senhora de Fátima, por obediência, e lá conquistei as pessoas.
Por onde passa, padre Sílvio é sempre bem visto. Na Paróquia Coração Eucarístico ficou por cinco anos, mas pediu para Dom Assis para que pudesse exercer seu ministério onde se sentia, de fato, chamado: no Vicariato Oeste. O bispo lhe ofereceu quatro paróquias para escolha e falou sobre uma Igreja, com uma comunidade pequena, que mexeu com o seu coração.
- Eu vi que o Senhor me queria lá. Era a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Coqueiros. Eu já tinha trabalhado em uma Igreja de Fátima, e sabia que, naquele momento, aquele era o meu destino.
Padre Sílvio está em Coqueiros há cinco anos, e sabe que ajudou sua Paróquia a se reerguer na fé. De acordo com ele, a comunidade era fria na fé, não demonstrava amar muito a Sagrada Escritura, nem a Eucaristia, e ele enfrentou esse desafio.
- O primeiro ano não foi fácil! Com o tempo, eu fui colocando a Sagrada Escritura como obrigação. Eu expliquei que todos eram filhos de Deus e amados por Ele e a comunidade foi aumentando sua auto-estima, disse o padre.
Padre Sílvio conta que hoje todos são mais animados, inclusive ele cresceu com a comunidade. Seu sonho é aumentar o templo, devido ao grande número de fiéis que querem participar da missa que celebra em Coqueiros.
Para ele, Padre é aquele que ama primeiramente a Deus, e que também ama a si mesmo para poder amar ao próximo. Ser padre é ser pastor, amar a Igreja e a Eucaristia.
- O padre tem que amar o que faz e eu amo ser padre, finalizou.

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