terça-feira, 21 de maio de 2013

Voce sabia?


OS CORPOS INCORRUPTOS
DOS SANTOS.
A Sagrada Escritura diz sobre o homem: ...porque és pó, e em pó te hás de tornar(Gênesis 3, 19). Além de lembrar ao homem sua condição perecível e transitória, esta sentença recorda a aniquilação física, a decomposição do organismo, após a morte. Esta realidade é constatada universalmentetendo algumas exceções, embora raríssimas, de não decomposição física. Exceção esta conhecida pelo nome de Incorrupção.
A Incorrupção é a preservação do corpo humano da deteriorização que comumente afeta todo organismo poucos dias após a morte. É evidente que são excluídas as mumificações, as saponificações e outros processos químicos de preservação dos corpos dos mortos; pois seriam incorrupções artificiais.

Beata Ana Maria Taigi (1769-1837)

Nasceu em Sena de Toscana. Viveu em humilde simplicidade, atendendo a um pobre lar com sete filho, vendo-se obrigada em várias ocasiões a sustentar a casa com seus trabalhos de costura, quando seu marido perdeu seu emprego. Foi uma mulher de luzes extraordinárias e rodeada de maravilhosos carismas e dons extraordinários.
O cardeal Pedicini refere a sua declaração juramentada sobre os portentos que ele presenciou nessa mulher extraordinária, e que podem ser consultados no processo de sua beatificação.
Diz o citado Cardeal que Ana Maria Taigi tinha os pensamentos mais secretos das pessoas presentes ou ausentes; os acontecimentos dos séculos passados, e a vida que levavam as mais importantes personagens.
Poderia se dizer que este dom era onisciente, era conhecimentos de todas as coisas em Deus, na medida em que a inteligência humana é capaz de conhecê-lo nesta vida. E acrescenta o Cardeal:
"Me sinto impotente para descobrir as maravilhas de quem fui confidente durante 30 anos".
O decreto de beatificação a aponta como:"pródigo único nos fastos da Santidade".

 

Ângela da Cruz (1846-1932)

Nasceu nos arredores de Sevilha em 30 de Janeiro de 1846, tendo sido batizada no dia 2 de Fevereiro seguinte na paróquia de Santa Luzia. Pouco tempo teve de escola, aprendendo a escrever, algumas noções de aritmética e catecismo. Apesar da sua pobreza, desde pequena se habituou a partilhar os bens da sua casa com os mais pobres.
Na família aprendeu a rezar o Terço e a celebrar o mês de Maio, dedicado à Virgem Maria.
Manhã cedo, acompanhava seu pai para a oração do Terço; em 1854 fez a Primeira Comunhão e recebeu a Confirmação no ano seguinte. Começou a trabalhar aos doze anos numa sapataria, onde também se rezava o Terço, diariamente; ali começaram as suas experiências místicas. Começou a ensinar a sua profissão a outras meninas numa instituição chamada "As arrependidas", em Sevilha.
O seu confessor ajudou-a a encontrar a sua vocação: ser monja. Por falta de saúde, não foi admitida no Carmelo fundado em Sevilha por Santa Teresa de Jesus, mas em 1868 entrou como Postulante nas Filhas da Caridade do Hospital central de Sevilha, de onde foi trasladada para Cuenca, com melhor clima para a sua saúde.
Em 1870 teve de abandonar definitivamente a Instituição. Teve de viver como "monja sem convento", voltou ao seu trabalho, aceitou a orientação do seu diretor espiritual, escrevendo os seus pensamentos e desejos da alma, até descobrir a sua vocação perante uma Cruz: a fundação de um Instituto que"por amor de Deus, abraçasse a maior pobreza, para poder ajudar os pobres".
Com essa intuição, redigiu um projeto, com uma dimensão caritativa que a levasse a identificar-se com os menos afortunados: "fazer-se pobre com os pobres". Depois de participar na Santa Missa, instalou-se com outras três mulheres, num quarto alugado, onde tinham lugar principal um Crucifixo e um quadro da Virgem das Dores. Nasciam as Irmãs da Cruz.
As casas da "Companhia" deviam ter um ambiente de limpeza, saudável alegria e contida beleza, com estilo simples para mulheres simples, afastadas da grandiosidade, mas com ar de doçura, de modo a que todas sentissem uma nova maneira de querer Deus e os pobres. Começaram a recolher meninas órfãs, as casas começaram a crescer, atendiam as pessoas na sua própria casa, pediam esmola com uma das mãos e distribuíam-na com a outra. Em 1879 foram aprovadas as primeiras Constituições pelo Bispo diocesano, tendo como carisma aoração, a austeridade, contemplação e alegria no serviço dos pobres.
Depressa se estenderam por toda a Espanha, chegaram à Itália e à América. Madre Ângela encontrou-se com o Papa Leão XIII na beatificação de João de Ávila e de Frei Diogo de Cádiz, mas o assinatura do decreto de aprovação da Companhia só foi assinado por Pio X, em 1904. A Irmã Ângela foi nomeada Superiora-Geral, reeleita por quatro vezes, destacando-se pelas suas virtudes de naturalidade e simplicidade.
Em 7 de Julho de 1931, foi atacada por uma trombose cerebral que a levaria à morte nove meses depois. Apesar de paralisada, mais procurava agradar do que incomodar.Faleceu em 2 de Março de 1932 e Sevilha passou durante três dias diante do seu cadáver. A Câmara Municipal celebrou uma Sessão extraordinária para elogiar a Irmã Ângela e deu o seu nome a uma rua da Cidade.
Também ela foi beatificada por João Paulo II em 5 de Novembro de 1982, para ser, agora canonizada durante a viagem pastoral a Madrid. O seu corpo encontra-se incorrupto na Capela da Casa Mãe.

Santa Bernardete

Também conhecida como Santa Maria Bernadete e Santa Bernadete Soubirous. Ela nasceu no dia 7 de janeiro de 1844, em Lourdes, na França. Era de família pobre e chegou a trabalhar como empregada doméstica e pastora de ovelhas.
Santa Bernadete tinha constantes visões da Virgem Maria. Em uma delas, a Santa foi conduzida a uma fonte que curava. Ela entrou para o Convento das Irmãs de Nevers. Lá aprendeu a ler e a escrever. Tinha saúde frágil. Morreu no dia 16 de abril de 1879, em Nevers, na França, enquanto orava a Maria.
Vivendo pobremente e por algum tempo empregada em tomar conta do gado, crescia sem alguma doutrina humana, mas em suavíssima simplicidade de costumes e admirável candura de espírito, querida por Deus e pela Santíssima Virgem Mãe. Maria observou a humildade de sua filha e dignou a inocente menina , entre 11 de fevereiro a 16 de julho de 1858, de 18 aparições e de celeste colóquio.
Na época, o bispo local, que inicialmente duvidara da versão da inculta menina, que afirmava as aparições, pôs ela à prova e pediu para que, na próxima aparição, perguntasse à ela qual o seu nome. Bernardete, cumprindo o pedido do bispo, esclareceu à Virgem a indagação do bispo, no que Nossa Senhora respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição". Ao retornar, o bispo ouviu estupefato a resposta da menina, já que tratava-se de um dogma recém proclamado, o dogma da "Imaculada Conceição" firmado há menos de quatro anos por Pio IX (1854) que, pelas dificuldades de comunicação da época, estava restrito ao conhecimento ainda dos setores mais elevados da Igreja.
Nesta, tão célebre aparição e ilustrada por Deus por tantos sinais, pode-se notar um tríplice carisma, conferido à piedosa jovem. Chamamo-la antes de tudo: Vidente, porque diante de numeroso povo, arrebatada em êxtase, foi maravilhosamente deliciada com o bondoso aspecto da Virgem. Chamamo-la de Mensageira da Virgem ao mundo, porque por ordem de Maria pregou penitência e oração ao povo; pediu aos sacerdotes, que naquele lugar construísse um Santuário; predisse a todos a glória, a santidade e os futuros benefícios do mesmo lugar. Por fim vemos nela a Testemunha da Verdade, porque a muitos contradizentes, com o máximo candor de simplicidade, junto com suprema prudência do mandamento confiado da Virgem, com admiração de todos os eclesiásticos e de juízes seculares.
Todas estas coisas levadas ao termo por divino impulso por uma ignorante e inculta menina, Deus a leva longe para a solidão de um convento, e quase desprezada pelo mundo, preparou-se para coisas mais admiráveis, para que, pregada na cruz com Cristo e com ele quase sepultada, atingisse profundamente na humildade a vida interior sobrenatural e, um dia na luz da santidade ressurgindo ao mundo, com este estábil testemunho da santidade unisse nova glória ao Santuário de Lourdes. Por isto, obedecendo ao chamamento de Deus, em julho de 1867 se transferiu para Nevers, para iniciar a vida religiosa na Casa-Mãe das Irmãs da Caridade e instrução cristã. Terminado o noviciado no mesmo ano, fez os votos temporais e onze anos depois os perpétuos.
Admiravelmente fulguraram nela as virtudes, mas sua alma virgem foi principalmente adornada daquelas que mais convinha à discípula predileta da Virgem Maria: Humildade profunda, terníssima pureza e ardente caridade. Provou-as e aumentou-as com as dores de uma longa enfermidade e angústias de espírito que a atormentaram suportando-as com suma paciência. Na mesma casa religiosa a humildíssima virgem ficou até a morte, que depois de recebidos os sacramentos da Igreja, invocando sua dulcíssima Mãe Maria, descansou santamente a 16 de abril de 1879, no trigésimo sexto ano de idade, e duodécimo de vida religiosa.
Tendo ficado até este ponto como debaixo do alqueire da humildade, com a morte tornou-se resplandecente a todo o mundo. No pontificado de Pio X, em 1923, foi iniciado o processo de sua beatificação. A 14 de julho de 1925 o Papa Pio XI lançou o nome da serva de Deus nos fatos dos bem-aventurados. Em contemplação aos grandes e inegáveis milagres, que Deus se dignou operar por sua serva, a causa foi reassumida em junho de 1926 e levada ao fim em 2 de julho de 1933.
"Os acontecimentos que então se desenrolaram em Lourdes e cujas proporções espirituais melhor medimos hoje, são-vos bem conhecidos. Sabeis, caros filhos e veneráveis irmãos, em que condições estupendas, apesar de zombarias, de dúvidas e de oposições, a voz daquela menina, mensageira da Imaculada, se impôs ao mundo. Sabeis a firmeza e a pureza do testemunho, experimentado com sabedoria pela autoridade episcopal e por ela sancionado desde 1862. Já as multidões haviam acorrido e não têm cessado de precipitar-se para a gruta das aparições, para a fonte milagrosa, para o santuário elevado a pedido de Maria. É o comovente cortejo dos humildes, dos doentes e dos aflitos; é a imponente peregrinação de milhares de fiéis de uma diocese ou de uma nação; é a discreta diligência de uma alma inquieta que busca a verdade... Dizíamos nós: "Jamais num lugar da terra se viu semelhante cortejo de sofrimento, jamais semelhante irradiação de paz, de serenidade e de alegria!. E, poderíamos acrescentar, jamais se saberá a soma de benefícios de que o mundo é devedor à Virgem auxiliadora! "Ó gruta feliz, honrada pela presença da Mãe de Deus! Rocha digna de veneração, da qual brotaram abundantes as águas vivificadoras!" (...) Estes cem anos de culto mariano teceram, ademais, entre a Sé de Pedro e o santuário pirenaico laços estreitos, que nos apraz reconhecer.
A própria virgem Maria não desejou essas aproximações? "O que em Roma, pelo seu magistério infalível, o sumo pontífice definia, a Virgem Imaculada Mãe de Deus, a bendita entre as mulheres, quis, ao que parece, confïrmá-lo por sua boca, quando pouco depois se manifestou por uma célebre aparição na gruta de Massabielle". Certamente, a palavra infalível do pontífice romano, intérprete autêntico da verdade revelada, não necessitava de nenhuma confirmação celeste para se impor à fé dos fiéis. Mas com que emoção e com que gratidão o povo cristão e seus pastores não recolheram dos lábios de Bernardete essa resposta vinda do céu: "Eu sou a Imaculada Conceição"! " (Trecho da Carta Encíclica do Papa Pio XI - durante o centenário das aparições da SS. Virgem em Lourdes - 02 de julho de 1957)

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...