sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Exemplo de vida: Santa Brigida e Beato Carlos

Santa Brigida 

Alguns anos depois da chegada de São Patrício à Irlanda, em torno do ano 450, uma menina chamada Brígida nasceu. O seu pai era um nobre irlandês chamado Dubthac e a sua mãe se chamava Brocca.
À medida que Brígida crescia, seu amor por Jesus se aprofundava. Ela procurava por ele nos pobres e muitas vezes levava comida e roupas para eles.
Conta-se que um dia ela deu um balde de leite inteiro. Depois ela começou a ficar preocupada com o que a sua mãe iria dizer. Ela rezou ao Senhor para compensar o que ela tinha dado. Quando ela chegou em casa, o seu balde estava cheio de novo.

Brígida era muito bonita. O seu pai achava que tinha chegado a época de ela se casar. Mas ela tinha decidido em seu coração se entregar inteiramente a Deus. Ela não queria casar-se com ninguém.

Quando ela descobriu que a sua beleza era o motivo dos rapazes se sentirem atraídos por ela, ela fez um pedido a Deus muito fora do comum. Ela pediu que a sua beleza fosse retirada dela. Deus atendeu o seu pedido.

Vendo que a sua filha não era mais bonita, o pai de Brígida de bom gosto concordou quando ela pediu para se tornar uma freira. A moça seguiu a sua vocação para a vida religiosa. Ela até começou um convento para que outras moças pudessem se tornar freiras também.

Parece que depois que ela consagrou a sua vida a Deus no convento, um milagre aconteceu. Brígida ficou bonita novamente! Ela lembrava às pessoas de Nossa Senhora pela sua gentileza e caridade. Alguns a chamavam de "Maria dos irlandeses".

Santa Brígida faleceu em 525.


Beato Carlos de Áustria
Carlos de Áustria nasceu a 17 de Agosto de 1887 no Castelo de Persenbeug na região da Áustria Inferior. Os seus pais eram o Arquiduque Otto e a Princesa Maria Josefina de Saxónia, filha do último Rei de Saxónia. O Imperador Francisco José I era o tio-avô de Carlos.
Carlos recebeu uma educação expressamente católica e até ao fim da adolescência é acompanhado com a oração de um grupo de pessoas, uma vez que uma religiosa estigmatizada lhe tinha profetizado grandes sofrimentos e ataques contra ele. Daqui teria origem, depois da morte de Carlos, a «Liga de oração do imperador Carlos para a paz dos povos», que em 1963 se torna numa comunidade de oração reconhecida pela Igreja.
Bem cedo cresceu em Carlos um grande amor pela Santa Eucaristia e pelo Coração de Jesus. Todas as decisões importantes eram procuradas por ele na oração.
A 21 de Outubro de 1911 esposou a Princesa Zita de Borbone-Parma. Nos dez anos de vida matrimonial feliz e exemplar, o casal recebeu o dom de oito filhos. Sobre o leito da morte, Carlos dizia ainda a Zita: «Amo-te sem limites!».
A 28 de Junho de 1914, após o assassínio num atentado do Arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono, Carlos torna-se herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro.
Enquanto alastrava a I Guerra Mundial, com a morte do Imperador Francisco José, a 21 de Novembro de 1926, Carlos torna-se Imperador da Áustria. A 30 de Dezembro é coroado Rei apostólico da Hungria.
Também esta tarefa é vista por Carlos como uma via para seguir Cristo: no amor pelos povos a ele confiados, no empenho pelo seu bem e no dom da sua vida por eles.
O dever mais sagrado de um Rei - o empenho pela paz - foi colocado por Carlos no centro das suas preocupações no decorrer da terrível guerra. Único entre todos os responsáveis políticos, apoiou os esforços para a paz de Bento XV.
No que diz respeito à política interna, mesmo nos tempos extremamente difíceis encetou uma ampla e exemplar legislação social, inspirada no ensinamento social cristão.
O seu comportamento tornou possível no final do conflito, uma transição para uma nova ordem sem guerra civil. Todavia foi banido da sua pátria.
Por desejo do Papa, que temia a implementação do poder comunista na Europa Central, Carlos procurou restabelecer a sua autoridade de governo na Hungria. Mas duas tentativas falharam, uma vez que ele queria em todo o caso evitar que se desencadeasse uma guerra civil.
Carlos é mandado em exílio para a ilha da Madeira. Uma vez que ele considerava a sua tarefa como um mandato de Deus, não pode abdicar do seu cargo.
Reduzido à pobreza, viveu com a sua família numa casa bastante húmida. Por isso adoeceu gravemente, aceitando a doença como sacrifício pela paz e a unidade dos seus povos.
Carlos suportou o seu sofrimento sem lamentações, perdoando a todos aqueles que tinham magoado e ofendido e morreu no dia 1 de Abril de 1922 com o olhar dirigido ao Santíssimo Sacramento. Como recordou ainda no leito da morte, o lema da sua vida foi: «Todo o meu empenho é sempre, em todas as coisas, conhecer o mais claramente possível e seguir a vontade de Deus, e isto da forma perfeita».

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