quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A IMPORTÂNCIA DE MARIA EM NOSSA FAMÍLIA



A família está doente, muito doente!Ela encontra-se deificada pelo pecado. É preciso que a família se deixe instruir pela sabedoria de Deus, que jamais deixe de rezar, que ela tenha atitudes cristãs sólidas e que conserve o tesouro da piedade familiar. Mesmo que em muitos lugares os costumes que vem estendendo não sejam favoráveis, o Bom Deus deseja que as famílias vejam no ambiente adverso que as rodeia um motivo mais para se empenharem em fazer com que Ele seja realmente o centro de todos os lares, a começar pelo nosso. Nosso Senhor quer que os membros da família sejam apóstolos de coisas positivas, boas, amáveis e dos bens eternos, afogando o mal em abundância de bem. (Rom 12,21). Santo Agostinho exortava: “Procurai com todo o cuidado a salvação dos de vossa casa” A ressurreição espiritual da família. É necessário que a família redescubra os seus verdadeiros valores, valores que se estenderão por toda a eternidade. Nosso coração deve estar posto no Senhor, nos bens e valores eternos... E Ele quer, de maneira ordenada, de modo particular, que coloquemos o nosso coração nos membros da família, pois são eles que devemos levar a Deus em primeiro lugar, são a primeira realidade que devemos santificar. O Lar onde Jesus nasceu foi a primeira realidade humana que santificou com Sua presença. A família só vai bem, na medida em que ela está conseguindo identificar-se com a família de Nazaré! Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus: A Escola do Evangelho.          Deus quer que seus filhos nasçam, vivam e se formem num lar, que deve ser imitação do de Nazaré.
Nosso maior auxílio: Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe.
Eis aí Tua Mãe, disse-nos Jesus da Cruz. E, dessa hora em diante, o discípulo a levou para sua casa (Jo 19,27). Estas palavras acendem agora na nossa mente uma luz intensa e poderosa, que nos permite entender que, se nos chamamos discípulos de Jesus, devemos convidar Santa Maria para que Ela seja uma da nossa casa, devemos acolher Santa Maria na nossa intimidade.
Ela é uma Rosa que exala desde o nascimento o bom aroma de Cristo, e se A convidamos a fazer parte de nossa casa, Ela a impregnará do Seu aroma. Com Ela aprenderemos a lição que mais interessa: que nada vale a pena se não estivermos junto do Senhor; de que nada servem todas as maravilhas da terra, todas as ambições satisfeitas, se não arder no peito a chama de amor vivo, a luz da santa esperança, que é uma antecipação do amor interminável na nossa Pátria definitiva: o Céu.
Maria ama a cada um de nós como se fôssemos o Seu único filho, e desvela-se pela nossa santidade e salvação como se não tivesse outros filhos na terra. Ao convidarmos Maria para ser Uma de nossa família, Ela purificará e polirá o coração de cada membro dela (da família) como jóia de muitos quilates, e conseguirá pôr Jesus nos pensamentos, nos afetos e desejos, nas palavras e nas obras, de cada um que faz parte dela (da família).
Quem melhor do que Maria poderá nos ensinar a viver de Cristo, por Cristo e com Cristo? Deus a quis como sua Mãe.
Quem é filho de Deus é inseparavelmente filho da Mãe de Deus. Devemos sentir-nos verdadeiramente filhos da Santíssima Virgem.
Maria percorreu pacientemente o “caminho da fé” ate à Cruz do Seu Filho.
Neste caminho Ela é solidária com todos nós: uma Mãe e uma Irmã compassiva.
Ela já nos demonstrou isto, quando assistiu as Bodas em Cana da Galiléia, junto a Seu Filho Jesus, quando Ela a Medianeira de todas as Graças, esteve atenta a tudo e levantou-se, porque sua fé não a deixou passiva, e diante do constrangimento da falta de vinho Ela preocupada tenta resolver o problema; é solidária aos anfitriões. Aproxima-se silenciosamente de Jesus e lhe diz: “Não têm vinho!” (Jo 2,3). É por solicitação D’Ela que Jesus faz o Seu primeiro Milagre (Jo 2,1-12). Ninguém pediu a Ela que intercedesse junto do Seu Filho. Ela esteve vigilante e reparou na situação antes que ninguém. É um consolo saber que Ela está a par das nossas indigências, das nossas necessidades, ainda que nós distraídos não notemos o que nos falta. E isso em todas as ordens: espiritual, física e material. Eis porque nós homens, especialmente nossa família, precisa muito dessa Virgem Mãe. Devemos olhar para Ela muitas vezes. Nos fará bem!
È Maria que apresenta as nossas súplicas ao Seu Filho, avalizadas pela sua poderosa recomendação. É pelas mãos de Maria que Deus quis que passassem todos os seus Dons e Mercês (favores), todas as Graças à humanidade. É das mãos de Maria que recebemos Jesus, o Filho de Deus feito Homem. É Maria que nos leva até Seu Filho Jesus. Infelizmente ainda não costumamos apreciar este Ofício Medianeiro de Maria!
Maria, a gloriosa Filha de Sião, experimenta como ninguém como estão próximos o “poder e a glória” de Deus. Ela exclama com reconhecida alegria no Magnificat (Lc 1, 46-55): A minha alma glorifica o Senhor...o Todo-Poderoso fez em Mim maravilhas. Santo é Seu Nome.”
Maria sabia e reconhecia que todo o Seu mérito era graça de Deus. Mesmo sendo consciente, sabendo que todas as gerações a proclamarão bem-aventurada (Lc 1,46-49). É para JESUS, o único Mestre da humanidade resgatada que Ela têm seu dedo apontado e a Sua Voz continua a repetir o mesmo convite através do espaço e do tempo: “Fazei tudo o que Ele vos disser!”(Jo 2,5).Maria preocupa-se com as coisas do Senhor.
Maria nos aponta para o Deus Santo, que é sempre maior do que nós, mas que permanece misteriosamente perto de nós e nos ama. Olhando para este Deus, que em Cristo se tornou nosso Pai, digamos também: “Eis-me aqui, enviai-me!” –“Faça-se em mim segundo a Tua palavra!” Ao serviço de Deus e dos homens. Amém!
Convidando Maria para estar junto conosco, Ela nos ajudará a abrirmos o nosso coração totalmente às coisas de Deus, ao Espírito de Deus, para podermos experimentar o Seu poder que nos fortalece para o serviço e o testemunho a que somos chamados!
O primeiro lugar onde realizaremos o serviço e o testemunho a que somos chamados é dentro do Sacramento do Matrimônio, em nossa vida familiar.
Jesus Cristo, contrariando o ambiente da época a respeito do matrimônio, devolveu-lhe toda a sua dignidade original e elevou-o à ordem sobrenatural, ao instituí-lo como um sacramento chamado a santificar os cônjuges na vida familiar. Pelo Sacramento Cristão Matrimônio, todo o amor humano se engrandece e se fortalece, porque o amor divino penetra no amor humano, ampliando-o e santificando-o. Justamente porque Deus une marido e mulher com vínculos divinos, o que eram dois corpos e dois corações torna-se uma só carne, um só corpo e um mesmo coração, à semelhança da união de Cristo com a sua Igreja (Ef. 5,22).
O Lar cristão é uma casa edificada sobre rocha. (Mt 7,24-27).
A casa que José instalou com tanto carinho para receber a Virgem Mãe Maria, foi em primeiro lugar a Casa de Maria. Entre José e Maria havia carinho santo, espírito de serviço e compreensão.
As paredes da casa de Nazaré testemunharam o amor entranhado dos membros da Sagrada Família; cheia de luz e de amor, ela é a imagem perfeita de um lar! Ali viveu-se com a simplicidade de costumes e calor humano; em constante harmonia de sentimentos.
Nossa casa deve ser antes de tudo Santuário de nossa Mãe!Maria cuidará da infinidade de detalhes que existe para que nosso lar seja verdadeiramente um lar cristão.
Sendo Maria Uma de nossa casa, Ela ajudará e transformará nossa família, fazendo-a como a família de Jesus: Sagrada, santa, exemplar, modelo de virtudes humanas, disposta a cumprir com exatidão a vontade de Deus.
Jamais devemos esquecer ou ignorar que Maria, numa contínua disponibilidade para Deus, “avançou pelo caminho da fé”.
E a Fé é peregrinar, subir, chorar, esperar, cair, levantar, buscar e sempre caminhar. A Vida de Maria foi um eterno peregrinar na Fé, Ela também foi caminhante e junto à Seu casto Esposo José e Seu Filho Jesus, Ela percorreu nossas estradas: sobressaltos, confusões, perplexidade, surpresas, medo, fadiga... Mais do que tudo houve interrogações: Que é isso? Será mesmo? E agora, que vamos fazer?
E quem melhor que Ela poderá nos ajudar no peregrinar (no caminhar) da nossa família?
A exemplaridade e a alegria dos esposos cristãos devem preceder o apostolado com os filhos. Essa alegria no meio das dificuldades normais de qualquer família, nasce de uma vida santa, da correspondência a vocação matrimonial e os filhos realizam um bem muito grato a Deus quando se esforçam por empregar todos os meios ao seu alcance para colaborar com o ambiente próprio de uma família cristã, em que todos vivem as virtudes humanas: cordialidade jovial, sobriedade, amor ao trabalho, respeito mútuo.
Nestes tempos de agora, em que os ataques as famílias parecem recrudescer, devemos seguir Seu exemplo, devemos fazer da nossa casa um lar cristão de uma família que recuperou sua dignidade cristã, não nos deixando impressionar pelas dificuldades e mesmo pelas chacotas que possam surgir no seu ambiente, da mesma forma que Jesus não se importou com o clima existente em Israel, contrário a sua doutrina.
Maria ajudará os pais a amarem seus filhos com um amor verdadeiro: interno, generoso, ordenado, que não olha para suas qualidades físicas, intelectuais ou morais e que sabe querer-lhes com os seus defeitos; os ajudará a amar seus filhos também por serem filhos de Deus. Maria ajudará os pais a educarem seus filhos, este enorme tesouro de Deus, fazendo-os não ser uma família como outra qualquer, mas uma família em que Cristo está presente. Maria com esta viva realidade, levará os pais a serem exemplares em todas as ocasiões e os filhos encontrarão nos pais o caminho que conduz a Deus.
Antes de tudo, Maria ajudará que os pais dêem bom exemplo aos filhos, que eles reconheçam diante dos filhos os próprios defeitos (Eclo30,1-2; Ef. 6,4), assim será criado um lar onde a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço desinteressado serão a regra. Assim o lar se transformará em um lugar apropriado para a educação das virtudes; que requerem a aprendizagem da abnegação, de um reto juízo, do domínio de si, condições de toda liberdade verdadeira. Os pais ensinarão os filhos a subordinar “as dimensões físicas e instintivas às dimensões interiores e espirituais”(Catecismo da Igreja Católica,2223).
No lar de Nazaré tudo transcorreu na mais completa normalidade, sem acontecimentos de grande revelo externo. Maria nos ajuda a santificar as coisas mais pequenas em nosso lar: o trabalho de cada dia, os mil pequenos pormenores de atenção com as pessoas queridas, sorrir para aquele que está mais cansado, antecipar-se a serviço dos outros, vencer o mau-humor,festejar em família os aniversários e festas... Ela faz com que a normalidade do dia a dia em nosso lar, esteja repassada de tanto amor de Deus!Que o nosso lar passa a ser desde já um céu aqui na terra.
No Lar da Sagrada Família, Maria, santificou sua família pela oração, sua oração completou o que a sua palavra e os seus exemplos esboçaram. Deus nada recusa a oração constante de uma mãe, a oração deve ser também o alimento habitual da alma. José e Maria tinham o costume incessante de sempre deixar o primeiro lugar para a oração. O cansaço, a pressa, preocupações, trabalhos, antes de desanimá-los eram as coisas que mais ânimo lhes davam. A oração era sempre a rainha de todo o agir deles, era a luz, a esperança, a felicidade... Era a consolação nas horas tristes e canto de louvor nas horas felizes. A oração familiar, feita em comum, marido e mulher juntos, pais e filhos juntos, comunica uma particular fortaleza a toda a família, diante dela as armas do maligno, como a maldade do mundo, a sensualidade da carne e o orgulho do espírito fogem. Já dizia Paulo VI que uma das mais excelentes e eficazes orações em comum, que a família cristã é convidada a rezar é o Santo Rosário. Quando convidamos Maria para rezar conosco, Ela atende ao nosso pedido e une a sua voz a nossa, associando-Se a nossa oração. Assim nossa oração se torna muito eficaz, pois a Mãe Celeste é Onipotência suplicante. Ela obtém tudo o que Ela pede, porque Jesus jamais dirá um “não” a quanto Lhe pede Sua Mãe. Com a contemplação dos mistérios do Rosário, chegamos a compreender o desígnio de Jesus, que se manifesta em toda a Sua vida, desde a Encarnação ate a realização da Páscoa gloriosa. Deste modo, penetramos sempre mais no mistério de Sua Redenção. Vamos sempre mais compreender este mistério de amor, por meio de nossa Mãe Celeste e, passando pelo Seu Coração, conseguimos adquirir o imenso tesouro da caridade divina e ardente do coração de Cristo.
O Rosário é uma oração simples, humilde, mas muito eficaz! É uma oração que nos forma espiritualmente na pequenez, na mansidão, na simplicidade do coração, na verdadeira sabedoria que vem do alto. A oração do rosário é antes de tudo: pura; depois: pacífica, indulgente, conciliadora, aprovando o que é bom, cheia de misericórdia e de bons frutos, isenta de parcialidade e de hipocrisia.
Se na família, por infelicidade, os pais estão longe da fé, a Mãezinha Maria dará à filha ou filho, a graça necessária para realizar com eles um apostolado cheio de afeto e respeito, que consiste, ordinariamente, em rezar por eles, em dar-lhes o apoio de uma conduta filial, alegre, exemplar, cheia de carinho, juntamente com o empenho em procurar ocasiões de aproximá-los de pessoas que lhe possam falar de Deus com mais autoridade do que os filhos porque os filhos não podem arvorar-se por iniciativa própria em mestres de seus pais.
Nessa caridade, seremos formados, por Maria, para a perfeita glória do Pai, através da freqüente repetição da oração que Jesus nos ensinou: “Pai nosso que estais nos Céus, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso Reino.”. Seremos formados também para a perene adoração da Santíssima Trindade, com a recitação do Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Nas refeições em família, devemos sempre convidar a Mãezinha, rezando o Ângelus, a participar conosco deste momento, em que mais do que o fato de alimentar o corpo, constituem em primeiro lugar, uma ocasião, de dar Graças a Deus, que nos proporcionou os alimentos graças aos frutos da terra. Em segundo lugar, sentar-se à mesa, é o rito que melhor testemunha o afeto e a confiança recíprocos. É o momento mais oportuno em que se pode na família, ter conversas mais longas, nas quais se estabelecem a comunhão entre as almas (Maria intercederá fortemente neste aspecto espiritual nas horas das refeições).
A Sagrada Família recitava com devoção as orações tradicionais que se rezavam em todos os lares israelitas, mas naquela casa, tudo que se referia a Deus tinha um sentido e conteúdo novos. Com que prontidão, fervor e recolhimento Jesus devia repetir os versículos da Sagrada Escritura que as crianças hebraicas tinham que aprender!(Salmo 55,18; Dan 6,11; Salmo 119) ... e as orações aprendidas dos lábios de seus pais.
Os pais que sabem rezar com seus filhos encontram mais facilmente o caminho que os leva ao coração desses filhos. De Maria, Jesus também aprendeu maneiras de falar, ditos populares cheios de sabedoria, que mais tarde utilizaria nas suas pregações.
A par de uma vida exemplar, que é um ensinamento contínuo, os pais devem ensinar os seus filhos modos práticos de tratar com Deus, especialmente nos primeiros anos de infância. Logo que começam a balbuciar as primeiras palavras: orações vocais simples, que se transmitem de geração em geração, fórmulas breves, claramente compreensíveis, capazes de pôr-lhes no coração os primeiros germes do que chegará a ser uma piedade sólida: invocações ao Santo Anjo da Guarda. Pouco a pouco eles aprenderão a saudar piedosamente os quadros e imagens de Nosso Senhor, da Mãezinha Maria, de São José, dos Anjos e Santos. A leitura de alguns versículos do Evangelho... Com os mais velhos, a recitação do Terço, orações pelas pessoas falecidas, pelas intenções da família, do Papa. A rezarem antes de deitarem. Especialmente a prática da visita freqüente ao Santíssimo Sacramento, levando-os consigo à Igreja desde pequenos.
Se os pais souberem praticá-los, contribuirão para que se respire no lar, sempre um clima amável, da família cristã, onde os filhos, desde pequenos aprenderão com naturalidade a tratar com Deus e com a Sua Santíssima Mãe. E os filhos nunca se esquecem das ajudas que receberam quando crianças dos seus pais: para que rezasse, para que recorressem a Virgem em todas as situações... As formas práticas de nos dirigir-nos a Jesus Sacramento. E sem dúvida esta é a melhor herança que nós recebemos e que eles receberão.


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