terça-feira, 14 de maio de 2013

A voz da igreja parte II



Clique sobre a imagem para ampliar: pesquisa no Google (21/5/2011)
traz 462.000 resultados para as palavras "pastor pedófilo"


Em 17/5/2011, a pesquisa no Google trazia 462.000 resultados para as palavras pastor pedófilo(!). Em 21/7/2011, data de revisão deste post, os resultados eram 556.000(!). Claro que a questão aqui não é discutir números, até porque se houvesse um só caso de pedofilia envolvendo a Igreja, isso já seria um grande escândalo e um grave pecado. Mas o simples fato de existirem muitíssimos casos de "pastores evangélicos" pedófilos automaticamente já destitui qualquer membro de "igrejas evangélicas" do direito de nos criticar. O caso é todos nós entendermos, de uma vez por todas, que pedófilos existem em diversos setores da sociedade humana, incluindo os religiosos, e este grave problema não é exclusividade dos católicos. Muitos apontam o cisco no olho do próximo e não percebem a trave em suas próprias vistas. A Igreja, assim como qualquer instituição, só poderia ser culpada pelo problema da pedofilia se ela pregasse tal prática hedionda.

Mas a pedofilia não é uma questão simples. Não é apenas um crime hediondo ou um pecado terrível. Definida como doença, distúrbio psicológico e desvio sexual (parafilia) pela Organização Mundial de Saúde, o diagnóstico da pedofilia consta nos manuais médicos de transtornos mentais, e os casos vem aumentando assustadoramente em todo mundo, em todos os setores da sociedade. Desejo sexual de adulto por criança, mesmo sem a realização do ato, já caracteriza pedofilia.

Outra coisa que comumente ouvimos dizer é que o Vaticano não toma providências quanto a este gravíssimo problema, e que o Papa encobriu os pedófilos. É possível considerarmos que medidas mais rigorosas poderiam ter sido adotadas há mais tempo. Talvez, em algum momento, esse verdadeiro câncer da alma e da mente tenha sido visto mais como pecado do que como crime, mas a verdade é que o Vaticano vem tomando ações concretas para punir e afastar os culpados desde o ano de 2003. Enquanto isso, o nosso governo, até hoje (2011), não enquadrou a pedofilia como crime! Fato inapelável é que o Vaticano, principalmente com o Papa Bento XVI, adotou uma postura muito mais rígida quanto ao assunto do que o governo brasileiro. 

Claro que tal crime, quando da parte de padres, é ainda mais grave e injustificável, principalmente por se tratar de homens de Deus, que devem levar a Salvação às pessoas, e a Igreja precisa coibir cada vez mais rapidamente. Nós, leigos, devemos também atuar com sabedoria ao lado dos Bispos. Mas é importante saber que a Igreja arca com as consequências. O acordo entre a Arquidiocese de Los Angeles e as vítimas de abusos sexuais envolveram o valor de 600 milhões de dólares! Federico Lombardi, Porta-voz da Santa Sé, declarou: “Esta é a tentativa de fechar um capítulo doloroso e olhar para a frente. A Igreja está, acima de tudo, machucada pelo sofrimento das vítimas e famílias”. O acordo impõe sacrifícios extremos à Arquidiocese de Los Angeles: ela terá que vender seu patrimônio imobiliário, até a sede do Arcebispado, e recorrer à ajuda de seguradoras e congregações católicas.

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