sexta-feira, 19 de julho de 2013

Exemplo de Vida: SÃO TARCÍSIO e Santa Filomena

   HISTÓRIA DE SÃO TARCÍSIO
 
    Tarcísio pertencia à comunidade cristã de Roma, era acólito, isto é, coroinha na igreja. No decorrer da terrível perseguição do imperador Valeriano, muitos cristãos estavam sendo presos e condenados à morte. Nas tristes prisões à espera do martírio, os cristãos desejavam ardentemente poder fortalecer-se com Cristo Eucarístico. O difícil era conseguir entrar nas cadeias para levar a comunhão.
     Nas vésperas de numerosas execuções de mártires, o Papa Sisto II não sabia como levar o Pão dos Fortes à cadeia. Foi então que o acólito Tarcísio, com cerca de 12 anos de idade, ofereceu-se dizendo estar pronto para esta piedosa tarefa. Relativamente ao perigo, Tarcísio afirmava que se sentia forte, disposto antes morrer que entregar as Sagradas Hóstias aos pagãos. 

     Comovido com esta coragem, o papa entregou numa caixinha de prata as Hóstias que deviam servir como conforto aos próximos mártires. Mas, passando Tarcísio pela via Ápia, uns rapazes notaram seu estranho comportamento e começaram a indagar o que trazia, já suspeitando de algum segredo dos cristãos. Ele, porém, negou-se a responder, negou terminantemente. Bateram nele e o apedrejaram. Depois de morto, revistaram-lhe o corpo, nada achando com referência ao Sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, ocultamente cristão, que o levou às catacumbas, onde recebeu honorifica sepultura. 
     Ainda se conservam nas catacumbas de São Calisto inscrições e restos arqueológicos que atestavam a veneração que Tarcísio granjeou na Igreja Romana. Tarcísio foi declarado padroeiro dos coroinhas ou acólitos, que servem ao altar. Mais uma vez encontramos a importância da Eucaristia na vida do cristão e vemos que os santos existem não para serem adorados, mas para nos lembrar que eles também tiveram fé em Deus. Eles são um exemplo de fé e esperança que deve permanecer sempre com as pessoas. Então, a exemplo de São Tarcísio, estejamos sempre dispostos a ajudar, a servir. Se cada um fizer a sua parte realmente nos tornaremos um só em Cristo.

História da vida de Santa Filomena

Segundo as revelações a Madre Maria Luisa de Jesus.
"Eu sou a filha de um príncipe que governava um pequeno estado da Grécia.
Minha Mãe era também da realeza. Eles não tinham meninos.
Eram idolatras e continuamente ofereciam orações e sacrifícios à seus deuses falsos.
Um doutor de Roma chamado Publio vivia no palácio ao serviço de meu pai.
Este doutor havia professado o cristianismo. Vendo a aflição de meus pais e por um impulso do Espírito Santo lhes falou acerca de nossa fé e lhes prometeu orar por eles, se consentissem em batizarem-se.
A graça que acompanhava suas palavras, iluminaram o entendimento de meus pais e triunfou sobre sua vontade.
Se fizeram cristãos e obtiveram seu esperado desejo de ter filhos.
Ao momento de nascer me puseram o nome de Lumena, em alusão à luz da fé, da qual era fruto.
No dia de meu batismo me chamaram Filomena, filha da luz (filia luminis) porque nesse dia havia nascido à fé. Meus pais me tinham grande carinho e sempre me tinham com eles.
Foi por isso que me levaram a Roma, em uma viagem que meu pai foi obrigado a fazer devido a uma guerra injusta.
Eu tinha treze anos. Quando chegamos a capital nos dirigimos ao palácio do imperador e fomos admitidos para uma audiência.
Tão pronto como Diocleciano me viu fixo os olhos em mim.
O imperador ouviu toda a explicação do príncipe, meu pai. Quando este acabou e não querendo ser já mais molestado lhe disse: eu porei a tua disposição toda a força de meu império.
Eu só desejo uma coisa em troca, que é a mão de tua filha.
Meu pai deslumbrado com uma honra que não esperava, atende imediatamente a proposta do imperador e quando regressamos a nossa casa, meu pai e minha mãe fizeram todo o possível para induzir-me a que cedesse aos desejos do imperador e os seus.
Eu chorava e lhes dizia: vocês desejam que pelo amor de um homem eu rompa a promessa que fiz a Jesus Cristo? Minha virgindade pertence a ele e eu já não posso dispor dela.
Mas sois muito jovem para esse tipo de compromisso - Me diziam - e juntavam as mais terríveis ameaças para fazer-me aceitar casar com o imperador.
A graça de Deus me fez invencível. Meu pai não podendo fazer o imperador ceder e para desfazer-se da promessa que havia feito, foi obrigado por Diocleciano a levar-me a sua presença.
Antes tive que suportar novos ataques da parte de meus pais até o ponto, que de joelhos ante mim, imploravam com lágrimas em seus olhos, que tivesse piedade deles e de minha pátria.
Minha resposta foi: Não, não, Deus e o voto de virgindade que lhe fiz, vem primeiro que vocês e minha pátria. Meu reino é o Céu .
Minhas palavras os fez desesperar e me levaram ante a presença do imperador, o qual fez todo o possível para ganhar-me com suas atrativas promessas e com suas ameaças, as quais foram inúteis.
Ele ficou furioso e, influenciado pelo demônio, me mandou a um dos cárceres do palácio onde fui encadeada.
Pensando que a vergonha e a dor iam me debilitar o valor que meu Divino Esposo me havia inspirado.
Me vinha ver todos os dias e soltava minhas cadeias para que pudesse comer a pequena porção de pão e água que recebia como alimento, e depois renovava seus ataques, que se não houvesse sido pela graça de Deus não teria resistido.
Eu não cessava de encomendar-me a Jesus e sua Santíssima Mãe.
Meu cativeiro durou trinta e sete dias, e no meio de uma luz celestial, vi a Maria com seu Divino Filho em seus braços, a qual me disse:
"Filha, três dias mais de prisão e depois de quarenta dias, se acabará este estado de dor ."
As felizes noticias fizeram meu coração bater de alegria, mas como a Rainha dos Anjos havia dito, deixaria a prisão, para sustentar um combate mais terrível que os que já havia tido.
Passei da alegria a uma terrível angustia, que pensava me mataria.
Filha, tem valentia, disse a Rainha dos Céus e me recordou meu nome, o qual havia recebido em meu Batismo dizendo-me: "Vós sois LUMENA, e Vosso Esposo é chamado Luz.
Não tenhais medo. Eu ajudarei no momento do combate, a graça virá para dar-vos força. O anjo Gabriel virá a socorrer, eu lhe recomendarei especialmente a ele, vosso cuidado".
As palavras da Rainha das Virgens me deram ânimo.
A visão desapareceu deixando a prisão cheia de um perfume celestial.
O que me havia anunciado, logo se realizou. Diocleciano perdendo todas as suas esperanças de fazer-me cumprir a promessa de meu pai, tomou a decisão de torturar-me publicamente e o primeiro tormento era ser flagelada.
Ordenou que me tirassem meus vestidos, que fosse atada a uma coluna em presença de um grande número de homens da corte, fez com que me flagelassem com tal violência, que meu corpo se banhou em sangue, e luzia como uma só ferida aberta.
O tirano pensando que eu ia desmaiar e morrer, me fez arrastar a prisão para que morresse.
Dois Anjos brilhantes como a luz, me apareceram na obscuridade e derramaram um bálsamo em minhas feridas, restaurando em mim a força, que não tinha antes de minha tortura.
Quando o imperador foi informado da mudança que em mim havia ocorrido, me fez levar ante sua presença e trato de fazer-me ver que minha cura se devia a Júpiter o qual desejava que eu fosse a imperatriz de Roma.
O Espírito Divino, ao qual lhe devia a constancia em perseverar na pureza, me encheu de luz e conhecimento, e a todas as provas que dava da solidez de nossa fé, nem o imperador nem sua corte podiam achar resposta.
Então, o imperador frenético, ordenou que me afogassem, com um âncora atada ao pescoço nas águas do rio Tiber.
A ordem foi executada imediatamente, mas Deus permitiu que não acontecesse.
No momento no qual ia ser precipitada ao rio, dois Anjos vieram em meu socorro, cortando a corda que estava atada a âncora, a qual foi parar ao fundo do rio, e me transportaram gentilmente a vista da multidão, nas margens do rio.
O milagre fez que um grande número de espectadores se convertessem ao cristianismo.
O imperador, alegando que o milagre se devia a magia, me fez arrastar pelas ruas de Roma e ordenou que me fosse disparada uma chuva de flechas.
O sangue brotou de todas as partes de meu corpo e ordenou que fosse levada de novo a meu cárcere.
O céu me honrou com um novo favor. Entrei em um doce sono e quando despertei estava totalmente curada.
O tirano cheio de raiva disse: Que seja traspassada com flechas afiadas.
Outra vez os arqueiros dobraram seus arcos, colheram todas as suas forças, mas as flechas se negaram a sair.
O imperador estava presente e ficou furioso e pensando que a ação do fogo podia romper o encanto, ordenou que se pusesse a esquentar no forno e que fossem dirigidas ao meu coração.
Foi obedecido, mas as flechas, depois de ter percorrido parte da distância, tomaram a direção contrária e regressaram a ferir a aqueles que a haviam atirado.
Seis dos arqueiros morreram. Alguns deles renunciaram ao paganismo e o povo começou a dar testemunho público do poder de Deus que me havia protegido.
Isto enfureceu ao tirano. Este determinou apressar minha morte, ordenando que minha cabeça fosse cortada com um machado.
Então, minha alma voou até meu Divino Esposo, o qual me deu a coroa da virgindade a palma do martírio.

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