segunda-feira, 15 de julho de 2013

Papa Francisco

A revolução do papa Francisco em 10 frases


Ideias de Francisco se revelam nas palavras que dirige aos fiéis
A particular proximidade com que Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, fala a seus fiéis se reflete em suas palavras. O "pároco de Roma", como ele mesmo gosta de se definir, gosta tanto dos detalhes que costuma afirmar ser sua obrigação conhecer o nome e até mesmo os apelidos de seus fiéis. Estes detalhes também aparecem em suas homilias.

"Os bispos e os sacerdotes devem ser pastores e não lobos vorazes"

O papa pediu, em uma de suas missas diárias na capela de Santa Marta, sua residência no Vaticano, que os fiéis rezem para que os padres e os bispos não caiam na tentação da avareza do dinheiro e o poder, para "serem pastores e não lobos vorazes". “Quando o bispo ou o sacerdote se aproveitam do rebanho, muda tudo; não mais trabalham pelo povo, mas se aproveitam do povo", alertou os religiosos e o pessoal do Vaticano que o escutavam. Acrescentou que entrar no "carreirismo (competição) causam muito estrago na Igreja”. "Fazem um papel ridículo e, também se vangloriam e gostam de se sentir poderosos, o povo não os ama. Por isso, rezem por nós para que sejamos humildes, mansos, ao serviço do povo", pediu.

As religiosas devem ser "mães espirituais e não solteironas"

Num encontro com 800 religiosas, no começo de maio, Francisco falou sobre a castidade a que professaram. Assegurou “amplia a liberdade da entrega a Deus e aos demais com a ternura, a misericórdia e a proximidade a Cristo”. “Porém, por favor, uma castidade fecunda”, pediu. “Uma castidade que gere filhos espirituais na Igreja. A consagrada é mãe, deve ser mãe e não solteirona”. Consciente da força de suas palavras, acrescentou: “Perdoe-me se falo assim, porém, é importante esta maternidade da vida consagrada, esta fecundidade”.

"O dinheiro deve servir, não governar"

"Criamos novos ídolos. A antiga veneração do bezerro de ouro assumiu uma forma nova e sem alma no culto ao dinheiro e a ditadura da economia, que não tem rosto e carece de um verdadeiro objetivo humano", criticou essa última semana. Bergoglio que se propôs ser "o papa dos pobres" no início de seu pontificado, pediu aos embaixadores que encontrou na ultima quinta-feira (16) que controlem a economia e protejam os pobres. Insistiu que “o dinheiro deve ser vir, não governar” e criticou os mercados financeiros: "Estabeleceu-se um nova, invisível e, em certas ocasiões, virtual tirania que unilateral e irremediavelmente impõe suas próprias leis e regras".

"A Igreja não é babá dos cristãos"

Em meados de abril, apontou uma ideia que marcou vários discursos. Os fiéis, afirma, não devem esperar que o sacerdote lhe diga o que devem fazer. “Quando fazemos assim, a Igreja se converte não em mãe, mas numa babá, que cuida para que a criança adormeça. Temos que pensar no batismo e na nossa responsabilidade de batizados [para anunciar Crist]”.

"Há cristão de sala de estar que não sabem gerar filhos para a Igreja"

No mesmo tom, pedindo maior compromisso na prática da fé católica, na última semana criticou os fiéis que gostam das aparecias e das formalidades: “Existem cristão de sala de estar, os educados, os bonzinhos que, porém, não sabem gerar filhos para a Igreja com o anúncio do Senhor e com o fervor do zelo apostólico” Em sua conta do Twitter apresentava a mensagem com esta reflexão: "Não podemos ser cristãos a tempo parcial [dizia o texto inglês]. Procuremos viver nossa fé Ca cada momento, cada dia".

Alerta aos cristãos "interesseiros" e "ladrões"

Em outra homilia, divulgada pela Rádio Vaticano, nesse mês de abril, afirmou: “Também na comunidade cristã existes os interesseiros, não é verdade? Aqueles que visam o próprio interesse e, consciente ou inconscientemente fingem entrar pela porta, porém são ladrões e descarados”. “Por que? Porque roubam a glória a Jesus e buscam a glória deles. Para eles a religião é um negócio”, criticou. Com a mesma ideia, denunciou mais recentemente o “estrago que causam ao povo de Deus os homens e as mulheres de Igreja que são carreiristas, aos quais interessam os cargos, que usam o povo, a Igreja, os irmãos e as irmãs – a quem deveriam servir – como trampolim para seus interesses e as ambições pessoais”.

“E que estrago causa o aburguesamento!”

Durante a canonização da religiosa colombiana Laura Montoya e a mexicana madre Lupita, o Papa atacou os excessos de uma vida interessada só ao dinheiro. “Ensina-nos a (...) vencer a indiferença e o individualismo, que corrói as comunidades cristãs e nosso coração, e nos ensina a acolher sem preconceitos nem reticências”, disse em relação à primeira santa colombiana. Sobre a madre Lupita destacou sua dedicação aos doentes, “diante dos quais se ajoelhava para servi-los”. E nesse contexto, comentou: “Que estrago causa a vida cômoda, que estrago causa o bem-estar. O aburguesamento do coração nos paralisa. Madre Lupita, sem dúvida, renunciou a uma vida cômoda para servir aos doentes e aos abandonados”.

“Um bom cristão não se lamenta, está sempre alegre”

Comentando a tradicional mensagem da Igreja para que cada crente “carregue sua cruz” quando a vida se torna difícil, Papa Francisco falou recentemente do “alegre suportar” como elementos para o rejuvenescimento vital. Afirmou que o bom cristão “não se lamenta” e que, entre as dores, “jamais está triste, mas que testemunha Cristo com alegria”. Percebendo que suas palavras poderiam ser recebidas com ceticismo, o bispo de Roma completou que este comportamento não tem nada de masoquista, “mas nos leva pelo caminho de Jesus”

Sem o Espírito Santo, o cristão é um mero “idólatra”

O Espírito Santo é um “Deus ativo, um Deus que nos lembra, que nos desperta a memória”, para que o crente não esqueça “o momento em que teve a graça de encontrar Jesus e tudo o que Jesus disse”. Por isso, destaca que um cristão sem essa memória do Espírito Santo “não é um cristão de verdade, mas um idólatra”.

"Como muitos não são crentes, os abençoo em silêncio respeitando sua consciência"

Por ocasião de seu encontro com as centenas de jornalistas que viajaram até Roma para ver a fumaça branca e conhecer o novo Papa em março passado, o novo Pontífice abençoou os presente com uma interessante observação: "Como muitos de vocês não pertencem à Igreja Católica, outros nem são crentes, de coração lhes dou a bênção em silêncio a cada um de vocês, respeitando a consciência de cada um, porém  sabendo que cada um de você é filho de Deus. Que Deus ao abençoe".

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