quarta-feira, 31 de julho de 2013

Papas da Igreja: São Sisto I

Era filho de um romano chamado Pastor, da região da Via Lata. O seu nome, Xystus, de origem grega, pode ter sido, erroneamente e em virtude da semelhança dos vocábulos, confundido com Sextus pelo fato de ter sido o sexto sucessor de São Pedro.
Segundo o Catálogo Liberiano dos papas, desenvolve o seu pontificado quando Adriano era imperador, «a consulatu Nigri et Aproniani usque Vero III et Ambibulo» («do consulado de Nigro e Aproniano ao de Vero III e Ambíbulo»), ou seja, de 117 a 126.
O historiador Eusébio de Cesareia, ao contrário, em dois escritos diferentes, relata dois períodos diferentes: em Chronicon diz que foi papa de 114a 124, enquanto em Historia Ecclesiastica afirma que tenha reinado entre 114 e 128. Em todo caso, todos os estudiosos concordam com o fato de que Sisto tenha reinado cerca de 10 anos.
De acordo com o Liber Pontificalis, durante o seu pontificado, determinou três coisas:
  • ninguém além dos presbíteros e ministros do culto, durante a consagração, pode tocar nocálice e na patena;
  • os bispos consagrados na Santa Sé, ao retornar à sua diocese deve se apresentar com uma epístola apostólica que confirme a sua plena comunhão com o sucessor de Pedro;
  • depois do Prefácio da Missa, o sacerdote deve rezar o Sanctus com a assembleia.
No período do seu papado, talvez, aparecem as primeiras divergências entre a Igreja de Roma e as Igrejas do oriente, sobretudo pelo fato de que estas já celebravam oficialmente a Páscoa, festa que ainda não se tinha estabelecido no ocidente.
No seu pontificado, emitiu duas epístolas: uma sobre a doutrina da Santíssima Trindade e outra a respeito do primado do Bispo de Roma sobre as igrejas particulares.
Teria sido Sisto o primeiro papa a enviar um missionário para a evangelização da Gália, o bispo São Peregrino.
Uma vez martirizado, seu corpo foi sepultado num pequeno cemitério da futura Basílica de São Pedro. O Catalogo Feliciano dos papas e diversos martirológios o citam como mártir, ainda que não detalhem o seu suplício. Outros documentos, contudo, como o Calendário Universal da Igreja, atualmente não o inserem mais no catálogo dos mártires da Igreja Católica.

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