quarta-feira, 17 de julho de 2013

Santos Padres: Pedro

SÃO PEDRO - O PRIMEIRO PAPAPDFImprimirE-mail
Quem é que não conhece a  vida de São Pedro, daquele pescador da Galiléia, escolhido por Nosso Senhor para ser o primeiro Apóstolo? São Pedro, forte na fé, dedicado ao Divino Mestre a  ponto de querer  defendê-lo com a espada!  São Pedro que, fraco na tentação, negou o Mestre, mas pela contrição se  levantou e  por Jesus  foi nomeado chefe da Igreja! Não é tanto que  a  vida de São Pedro que hoje se nos apresenta, senão mais o seu pontificado.  

Na primeira  vocação do Apóstolo, Jesus o fitou e  disse: " Tu és Simão, filho de Jona; serás chamado " Cefas", que quer dizer Pedro, isto é, pedra".  (Jo I, 42). Essa  mudança de nome  é significativa. Jesus  mesmo deu a explicação desse nome, quando em Cesaréia de Filipe disse: "... Tu és Pedro, e sobre esta pedra  edificarei a  minha Igreja e  as portas  do inferno não prevalecerão contra ela.  Dar-te-ei as  chaves do reino dos céus;  tudo que ligares na terra, será ligado nos céus; e tudo que desligares na terra será desligado nos céus". (Mt. 16, 18).  

Noutras palavras Jesus anuncia, entre outras cousas: que Pedro é a rocha inabalável, que serve de  fundamento à Igreja; na mesma recebe o supremo poder e a ela são entregues as chaves do céu.  

Depois da gloriosa Ressurreição, da pesca milagrosa, do repasto misterioso na praia do lago Genesaré, Jesus dirigiu-se a Pedro, perguntando-lhe: "Simão, filho de Jonas, amas-me mais que estes?" Ele respondeu:  "Sim, Senhor, sabeis que vos amo". Jesus disse-lhe: "Apascenta os meus cordeiros". (Jo. 21,16 - 17). Com estas palavras Pedro foi pelo divino Mestre instituído pastor do seu rebanho.  

Assim São Pedro o compreendeu, e pelos Apóstolos foi reconhecido Chefe da Igreja. Logo depois da Ascensão de Jesus  Cristo, Pedro propôs a eleição de um substituto de Judas. Na festa de Pentecostes, Pedro  tomou a palavra e  falou com tanta convicção e tanto poder, que no mesmo dia  três mil judeus pediram o batismo. Foi Pedro também o  primeiro que  com grandes milagres confirmou a verdade da fé, que pregava. Ao pobre paralítico que, sentado na porta do templo, lhe pediu esmola,  disse o Apóstolo: "Prata e ouro não possuo, mas o que tenho te dou: Em nome de Jesus  de Nazaré, levanta-te e anda".  

No mesmo momento o paralítico se levantou e andou. Além destes Pedro operou ainda muitos milagres. Doentes que lhe tocavam  a  orla do manto, ou se lhe colocavam na sombra, ficaram curados. As autoridades  do templo do templo quiseram proibir a  Pedro a  pregação da nova doutrina. Este, por'm,  respondeu: "É preciso obedecer a  Deus de  preferência aos homens". Assim, Pedro pregou o Evangelho com toda a franqueza, não temendo cárcere e  açoites. Foi também o primeiro  dos Apóstolos que pregou aos gentios, como prova a conversão de  Cornélio.  

É difícil resumir em poucas  palavras  o que o grande Apóstolo fez pela propagação da santa fé. Atravessou toda a Palestina, pregou e fez milagres estupendos, onde quer que chegasse. Curou instantaneamente a  Enéas  da  paralisia, de que sofria  havia oito anos;  chamou à vida a Tabitha, ordenou sacerdotes e sagrou bispos. Fixou residência em Antioquia, onde permaneceu durante sete anos. Preso por ordem de Herodes em Jerusalém, foi por um anjo libertado da prisão. Depois disto se dirigiu a  Roma, a sede da idolatria. De lá mandou missionários  para a França, Espanha, Sicília e Alemanha. Nove anos depois, sendo expulso de Roma, voltou a Jerusalém, onde pouco tempo ficou,  para procurar  outra vez a  capital do império. Em Roma vivia um grande  feiticeiro chamado Simão. Tendo muito prestígio entre os romanos e sendo protegido de Nero, marcou um dia em que,  para comprovar a  verdade da sua doutrina,  diante de  todo o povo ia elevar-se ao céu. Chegou o dia determinado e Simão de fato subiu aos ares. Pedro  fez o exorcismo e  ordenou aos maus espíritos que se afastassem, e Simão caiu de  uma altura considerável, fraturando as pernas.  Este  fato abriu os olhos a muita  gente,  que em seguida muitos  vieram pedir  o Sacramento do Batismo. Mas serviu este  fato também para que se desencadeasse uma furiosa tempestade contra a jovem Igreja.  

O Imperador  Nero atiçava as  paixões contra os cristãos. Pedro  conservara-se  algum tempo escondido da sanha do tirano e  projetara a  fuga de Roma. Saindo da  cidade - assim conta a lenda - teve uma visão. Viu diante de si o divino Mestre. "Senhor, para onde ides?" perguntou-lhe o Apóstolo. " A Roma, para ser crucificado outra vez",  respondeu Jesus. Pedro  compreendeu o sentido das palavras e voltou para trás. Foi preso e  levado ao cárcere mamertino, onde se achava também São Paulo. 

A prisão durou oito meses. Nesse meio tempo, São Pedro converteu os carcereiros Martiniano e  Processo, que, com mais  quarenta e oito neo-cristãos, sofram o martírio. Escreveu duas Epístolas,que são as  primeiras cartas pastorais dirigidas à Cristandade. 

Condenado à morte, São Pedro  foi, como o  divino Mestre, cruelmente açoitado e  em seguida levado à colina vaticana para ser crucificado. Estando tudo pronto para a execução, São Pedro pediu aos algozes que o pregassem na cruz com a cabeça para baixo, porque se achava indigno de  morrer como o divino Mestre. Assim morreu o primeiro Papa da Igreja Católica. No lugar do suplício foi mais tarde edificada a  Basílica de  São Pedro. Os restos mortais do Príncipe dos Apóstolos e  primeiro Papa se acham na mesma Basílica.

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