segunda-feira, 7 de outubro de 2013

MARIA, serva fiel e obediente a Deus!


MARIA, serva fiel e obediente a Deus!


No centro do plano divino está a vontade de selar um pacto de amor com as criaturas. Deus deseja estabelecer um diálogo com o ser humano.  Não permanece longe, mas vem até nós para doar-se. A criação inteira é fruto dessa vontade de amor. Deus cria por amor e para amar. É o único motivo. Por isso cria o homem à sua imagem e semelhança, capaz de dialogar, de responder a seu convite para amar, para doar-se.

Toda a história da Bíblia é a história dessa aliança de amor. E essa história, para ser construída, requer sempre, a iniciativa de Deus e a resposta do homem.  Deus chama o homem com um amor gratuito, mas convoca-o a experimentar este amor e ser instrumento dele para que outros o experimentem também. A história da Salvação é toda tecida desta cooperação constante entre Deus e os homens.

Mas se formos ao Gn 3,1-19 veremos que desde o princípio a história da humanidade está marcada pela infidelidade a esta aliança de amor. Adão e Eva personificam esta infidelidade que se fez desobediência ao amor de Deus.

MARIA É A NOVA EVA, que dá uma resposta diferente ao Criador. Nossa Senhora jamais quebrou esta aliança, ao contrário, foi fiel ao convite de Deus desde o princípio. A sua resposta ao convite para ser a Mãe do Filho de Deus foi: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra"(Lc 1,38). E este sim foi repetido durante toda a sua vida, nos momentos mais difíceis: quando teve de dar à luz num estábulo, quando teve que fugir para o Egito para que o menino não fosse morto pelo rei Herodes, e principalmente quando teve de vê-lo morrer numa Cruz, incompreendido por aqueles a quem amava, e por quem entregara toda a sua vida.

Um grande segredo de amor envolvia esta fidelidade de Maria na sua aliança com Deus, a sua cooperação incondicional com a Graça divina: Humildade e Confiança. Maria se fez sempre pequena serva. Não se arrogou de direitos, não desejou fazer valer uma pretensa justiça humana.

Orgulhosos que somos, basta-nos muito pouco para nos julgarmos justos e merecedores de grandes favores de Deus e dos irmãos.

Basta-nos um pouco de autoconfiança, muito pouco mesmo, para nos compararmos e julgarmos os que estão ao nosso lado.

Basta-nos que Deus nos peça um pouco de sacrifício ou de sofrimento, para tentarmos, o mais rápido possível, nos livrarmos do nosso fardo, jogando-os nas costas dos outros.

Basta-nos a nossa vida, os nossos problemas, as nossas feridas, para não enxergarmos os problemas, nem as feridas dos irmãos.

Maria foi FIEL. Não se arvorou de muita coisa por que Deus lhe chamou para ser mãe do Seu Filho. Maria não era centrada em si, mas em Deus e na Sua vontade.

Maria CONFIOU EM DEUS. Não colocou sua confiança em pessoas, em coisas, em títulos, em elogios, em confirmações que viessem dos outros. Maria simplesmente deu o seu ser para que nela se cumprisse a vontade de Deus: "Faça-se em mim". Ela sabia que Deus tem a última palavra em tudo, e via em tudo a vontade de Deus. Tudo vinha de Deus.


E foi porque se desprendeu das criaturas, e disse seu sim com total humildade e confiança, que Maria recebeu de Deus a confirmação que lhe veio pelos lábios de Isabel: "Bendita és Tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre"(Lc 1,42).

Maria sempre experimentou, em todas as situações, A GRATUIDADE DO AMOR DE DEUS. E ela também era gratuita em seu amor a Deus. Fazer a vontade de Deus, ser fiel a Deus nunca foi para ela motivo de exigir que Deus a recompensasse com mimos.

Peçamos hoje à Mãe do Perpétuo Socorro a Graça de sermos tirados do nosso egoísmo, e assim, curados de nossas feridas. Peçamos a Maria, que ela nos dê a Graça de termos unicamente Deus como centro de nossas vidas. Que todas as dores, as mágoas e sofrimentos, tudo isto seja colocado no coração de Maria, que está sempre unido ao coração do Pai.

E possamos dizer com ela: "Realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo" (Lc 1,49).

Acolha o meu abraço fraterno e a bênção,



Pe. Nelson Antonio, CSsR

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