Adolescentes
Exaustos, mudos, sempre que os vejo, Nos bancos tristes que há na cidade, Sobe em mim próprio como um desejo Ou um remorso da mocidade... E até a brisa, perfidamente Lhes roça os lábios pelos cabelos Quando a cidade, na sua frente Rindo e correndo, finge esquecê-los! Eles, no entanto, sentem-na bela. (Deram-lhe sangue, pranto e suor). Quantos, mais tarde se vingam dela Por tudo o que hoje sabem de cor! E essas paragens nos bancos tristes (Aquela estranha meditação!) Traz-lhes, meu Deus, só porque existes, A garantia do teu perdão!
Nenhum comentário:
Postar um comentário