segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Se não dermos testemunho, não seremos uma igreja em pleno século XXI.


“MAS RECEBEREIS PODER, AO DESCER SOBRE VÓS O ESPÍRITO SANTO, E SEREIS MINHAS TESTEMUNHAS TANTO EM JERUSALÉM COMO EM TODA A JUDÉIA E SAMARIA E ATÉ AOS CONFINS DA TERRA”
(Palavras proferidas por Jesus aos discípulos por ocasião de sua ascensão, conforme registrado por Lucas em ATOS 1:8.).

Ser cristãos de testemunhas é saber da ocorrência de um certo fato e assim é convocado para falar sobre ele. O nosso senhor Jesus Cristo afirma com todas as palavras que somos suas testemunhas. Geralmente perdemos de vista que as orientações dadas por Jesus aos seus discípulos foram feitas para que eles continuassem a obra iniciada por Ele. Também temos dificuldades em compreender que hoje ser membro de uma igreja local é o mesmo que ser discípulo de Jesus.

Pensamos agora em uma figura jurídica presente em Lucas no livro de Atos, ao registrar tais palavras ditas pelo Cristo nos ensina como é central a pessoa do Senhor não apenas na realização da nossa salvação, mas também em nossa caminhada terrena. Jesus afirma que somos testemunhas dele. “Recebereis poder e sereis “MINHAS TESTEMUNHAS”. E Mateus ao registrar parte do sermão do monte proferido por Jesus através de figuras bem conhecidas nos ajuda a entender o que significa ser testemunha de Jesus. O testemunho ajuda a melhorar os rumos da sociedade. Como discípulos de Jesus e suas testemunhas, devemos colocar em prática os ensinos da Bíblia em todos os aspectos e circunstâncias da vida. Quer seja pela maneira que exercemos nossa profissão, administramos os bens que Deus coloca em nossas mãos, a forma como nos relacionamos com as outras pessoas, sendo elas cônjuges, filhos, pais, empregados, patrões, etc. O que seria do mundo sem a presença da Igreja de Cristo? Ela preserva a vida e ilumina o ambiente onde está.

A igreja primitiva necessitava de verdadeiros cristãos de testemunhos, sendo até levados a glória do Martírio. Durante o período Patrística ouve grande santos e santas que mudaram o rumo da história da Igreja, mostrando cristo a todas as nações. Durante a idade Média, o espírito conduziu a igreja para defender os ensinamentos de Cristo (doutrinas), e assim pela ação divina houve os grandes dogmas revelados de Deus aos homens. Neste período tivemos testemunhos fluentes de ações e não só de palavras, como por exemplo: São Francisco de Assis.

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado, será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. Eles, saindo, pregaram por toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que os acompanhavam”. - Marcos 16:15-20

Deus prometeu que avalizaria nosso testemunho com mais provas ainda. Mas o processo de nos fazer testemunhas segue, como já afirmei, um ciclo. Primeiro provamos o poder de Deus e temos nossas experiências, depois as contamos. E quando testemunhamos o que provamos, Deus fará mais para aqueles que nos ouvem. O livro de Atos também nos mostra Deus honrando o testemunho dos apóstolos:

“Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça”. - Atos 4:33

Muitos cristãos têm tentado entrar direto neste estágio final sem permitir que o processo se estabeleça em sua própria vida no padrão que Deus estabeleceu. Mas nunca acontecerá assim! O estágio final é quando Deus coopera conosco (que já provamos o poder) e avaliza o testemunho com mais sinais. Foi exatamente assim que se deu com os apóstolos:

“Testificando Deus juntamente com eles, por sinais e prodígios, e por múltiplos milagres e dons do Espírito Santo, distribuídos segundo a sua vontade”. - Hebreus 2:4

Há evidencias de que muitas igrejas estão envolvidas no entretenimento, em vez de pregação bíblica. O culto tornou-se uma produção teatral, em vez de estar centrado na pregação da Palavra de Deus. Os atrativos estão sendo incluídos nos cultos das igrejas e os sermões cada vez mais estão curtos e superficiais.
Observamos que multidões de pessoas estão dispostas a ir à igreja, se houver muito entretenimento e pouca pregação. Muitos têm defendido a idéia de que a Igreja deve fazer de tudo para que as pessoas se sintam bem consigo mesmas; não é de admirar que já não ouvimos tantos sermões que confronte o pecado. A palavra pecado não se encaixa no pensamento positivo do movimento de crescimento de igreja. Não é politicamente correto. Isso é lamentável. Penso que muitos já venderam o direito de primogenitura por um bocado de sanduíche de nossa época.
Com isso a Igreja no do século XXI, apesar de toda a sua riqueza, modernidade e poder, é realmente arrastada para a perversidade e fraqueza espiritual. O homem no púlpito é freqüentemente mais carnal e imoral do que aqueles que se sentam no banco! A maldade que é feita em nome do Senhor, hoje, é uma praga sobre o testemunho da Igreja.

Portanto, a nossa oração é que a Igreja hoje recupere a sua espiritualidade nas Escrituras e renove o seu entendimento não se conformando com este século tão confuso!



Cléber Aparecido R da Silva

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