sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

São Carlos Borromeu

São Carlos Borromeu,
arquétipo de bispo católico
Peça-mestra da Contra-Reforma católica, grande propugnador do Concílio de Trento, realizou profunda reforma na arquidiocese de Milão. Foi um exemplo de verdadeiro Pastor, por seu zelo pelas almas e santidade de vida.
  • Plinio Maria Solimeo

Todos os biógrafos do futuro santo mencionam uma claridade extraordinária que envolveu o castelo de Arona quando nascia o menino, tomada como sinal a denotar a luz de santidade que o recém-nascido projetaria em toda a Cristandade.Carlos Borromeu nasceu no castelo de Arona, nas margens do Lago Maior, Ducado de Milão, a 2 de outubro de 1538, filho dos condes Gilberto e Margarida de Médici. A mãe era irmã do Cardeal João Ângelo, que seria elevado ao sólio pontifício com o nome de Pio IV. Dizia-se do conde que levava mais a vida de monge que a de grande senhor, rezando diariamente o breviário e dedicando muitas horas à oração e às boas obras. A condessa emulava com ele em piedade.

Com pais tão virtuosos, era natural que também se desse logo cedo à piedade, sendo suas distrações montar altares e repetir cerimônias que via na igreja. Desabrochou logo cedo em Carlos a vocação sacerdotal, de modo que já aos oito anos recebeu a primeira tonsura; aos 12, seu tio, Júlio César Borromeu, resignou em seu nome a Abadia de São Graciano e São Felino. Apesar da pouca idade, Carlos estava ciente de que as rendas da abadia eram patrimônio dos pobres. Pediu ao pai que as considerasse assim, e que fossem empregadas exclusivamente para esse fim.
Sua infância e juventude, como predestinado desde o berço, foi de grande inocência e perfeita integridade de costumes. Mesmo quando foi terminar seus estudos na Universidade de Pavia, geralmente conhecida pela debochada vida de seus estudantes, Carlos soube permanecer ileso naquele ambiente, com o auxílio da Virgem Santíssima, por quem nutria filial e confiante devoção, e dos sacramentos da confissão e comunhão.
Cardeal Arcebispo aos 22 anos
São Carlos venera o Santo Sudário em Turim
Aos 21 anos Carlos doutorou-se nos Direitos civil e eclesiástico. Seus pais tinham já falecido. Sua carreira começaria cedo, pois no ano seguinte seu tio João Ângelo, eleito Papa, chamou-o para junto de si o fez Cardeal Arcebispo de Milão. Encarregou-o, apesar de seus 22 anos, da maior parte do governo da Igreja. Isto é, fê-lo Secretário de Estado sem o título, além de Protonotário Apostólico da firma pontifícia e várias outras honrarias.
Não movido pela ambição, mas pela obediência, Carlos entregou-se ao trabalho. Diz um biógrafo: “Foi coisa admirável que, quanto possuía (causa comumente de ruína para os demais) foi-lhe de não pouca ajuda para a perfeição a que anelava, porque, ocupando tão grande posto e gozando de todos os bens que o ânimo mais altivo apenas atreveria prometer-se, achava tudo tão sem gosto e substância, que generosamente se deu a buscar um só e perfeito bem no qual achasse plena satisfação e cabal paz”.(1)
Carlos alojou-se, vestiu-se e mobiliou seus aposentos com magnificência, para sustentar sua qualidade de príncipe, de cardeal e de sobrinho do Papa.
Mas repentinamente ocorreu o falecimento do Conde Frederico, seu irmão mais velho, a quem o Papa chamara também a Roma e cumulara de honras. Todos esperavam que Carlos, não tendo ainda sido ordenado sacerdote e sendo agora o único herdeiro do nome da família, deixasse a carreira eclesiástica e se casasse para perpetuar o nome. Ele, pelo contrário, acelerou sua ordenação e consagração total a Deus de modo irrevogável.
Considerando então a sublime dignidade sacerdotal e a obrigação que tinha de ser o bom odor de Cristo, despojou-se das ricas vestes de seda, simplificou o serviço de sua casa e escolheu o piedoso Pe. João Batista Ribeira, jesuíta, para seu diretor espiritual. Vendeu também boa parte do seu patrimônio, entregando o valor aos tios com a condição de darem parte da renda para a assistência dos seminários, escolas gratuitas, hospitais, conventos e pobres.
Grande propugnador do Concílio de Trento
Detalhe de carta escrita por São Carlos Borromeo
Uma de suas iniciativas mais importantes foi trabalhar para a conclusão do Concílio de Trento, que fora interrompido. Não podendo dele participar, por causa de seus afazeres em Roma, empenhou-se na publicação de suas Atas e doCatecismo Romano, conforme dispunha o Concílio, e da reforma do breviário. Trabalhou também para pôr em prática as resoluções dessa assembléia conciliar, principalmente no que diz respeito à reforma do clero, contando para isso com a ajuda muito eficaz de São Felipe Néri. Cooperou também para a reforma da música sacra, decretada pelo Concílio, e pela adoção da polifonia proposta e executada pelo grande compositor Giovanni Pierluigi da Palestrina.
Como a missão de um bispo é guiar suas ovelhas, começou, para esse fim, a exercitar-se na pregação, com assombro de todos, pois não era costume na época que cardeais se entregassem a esse ministério. Suas palavras penetravam a fundo, obtendo grande fruto.
Sabendo como era necessário aos bispos o conhecimento da doutrina católica para opor-se às falsas doutrinas dos hereges, começou o estudo de lógica e filosofia.
Mas sobretudo queria pôr em prática as normas do Concílio em sua Arquidiocese de Milão, como pastor de almas que era. Depois de muito insistir, obteve do Papa licença para dela tomar posse.
Autêntica reforma na diocese
São Carlos ministra o ensino do catecismo às crianças
Chegando a Milão, o Cardeal Borromeu, seguindo a orientação do Concílio, começou a reforma do clero. Que este necessitava urgentemente de reforma, é certo, pois “os padres eram ainda mais desregrados que o povo; sua ignorância era tão grande, que a maioria não sabia as fórmulas dos sacramentos; alguns não acreditavam mesmo que fossem obrigados a se confessar, porque confessavam os outros. A bebedeira e o concubinato eram muito comuns entre eles, e acrescentavam a esses sacrilégios outros mais execráveis, pela administração dos sacramentos e celebração dos Santos Mistérios em um estado criminoso e escandaloso. [...] Os mosteiros femininos estavam [também] abertos a toda dissolução”.(2) Como o mal não era somente da cidade de Milão, mas de toda a arquidiocese, Carlos convocou um concílio provincial para promulgar os decretos do Concílio de Trento. A ele acorreram 11 bispos da região. Chegou a convocar seis concílios provinciais e 11 sínodos diocesanos com o mesmo fim.
Ele começou por sua própria casa a reforma que pregava, estabelecendo nela um regulamento para que todos vivessem com simplicidade e modéstia. Havia horário para as orações vocal e mental e para o exame de consciência, e ninguém podia ausentar-se desses atos sem permissão. Os sacerdotes eram obrigados a confessar-se todas as semanas e a celebrar o Santo Sacrifício diariamente. Os não-sacerdotes deveriam confessar-se e comungar semanalmente e assistir à Missa diariamente. As refeições eram em comum, com a leitura de algum livro de vida espiritual. Enfim, ordenou sua casa como se fosse um colégio da Companhia de Jesus, com exercícios, costumes e ofícios semelhantes aos que há nas casas da Companhia. Ele dava o exemplo, sendo o mais observante de todos. Mas, como tinha mais responsabilidade, pois era o pastor, passou a levar uma vida de verdadeiro anacoreta: dormia poucas horas, sobre umas pranchas, flagelava-se impiedosamente e comia pouco, chegando no fim da vida a viver só de pão e água uma vez por dia. Sua delicada saúde ressentiu-se disso, e foi necessário apelar para o novo Papa, São Pio V, para que lhe ordenasse atenuar um tanto suas penitências.
Na terrificante peste de 1576
Durante a peste que assolou Milão, o Santo leva o viático a um moribundo
As obras do santo foram incontáveis. “Estabeleceu uma ordem edificante na catedral de Milão; a devoção dos eclesiásticos, a magnificência dos ornamentos, o esplendor das cerimônias formavam um conjunto do mais tocante efeito. Edificou muitos seminários, fundou um colégio de nobres; os edifícios eram soberbos e as regras traziam o cunho da sabedoria do santo fundador. Estabeleceu em Milão os padres teatinos. [...] Recebeu os padres da Companhia de Jesus. Fundou também uma congregação de sacerdotes sem votos (Padres Oblatos de Santo Ambrósio), dependentes só dele como seu chefe imediato, a fim de os ter à mão para os empregar consoante o pedissem as necessidades da diocese”.(3)
Entretanto, onde o zelo do santo mais se desdobrou foi por ocasião da violenta peste que assolou Milão em 1576. Todos que puderam fugiram, inclusive as autoridades civis. Mas o Pastor não podia abandonar suas ovelhas feridas. Vendeu toda a prataria do palácio episcopal para socorrer os atingidos, deu-lhes todos os móveis de sua casa e até seu próprio leito. Ele os ia confessar e administrar-lhes os últimos sacramentos, visitava-os nos hospitais ou nos tugúrios, ordenou preces e procissões para pedir o fim da epidemia, e ofereceu-se como vítima pelos pecados de toda sua diocese. As coisas que fez durante essa epidemia foram tão admiráveis, que encheram de assombro toda a corte romana e toda a Cristandade.
São Carlos Borromeu morreu aos 46 anos, em 4 de novembro de 1584, sendo canonizado em 1610.(4)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

7 respostas claras e distintas a pessoas ignorantes: O terço



É interessante constatar como cada vez mais pessoas rezam oterço, e não somente as católicas: também membros de outras confissões religiosas estão descobrindo a riqueza desta oração. E muitos devem sua conversão ao santo rosário.
 
No entanto, também existem os que não o rezam porque têm objeções. Então, aproveitando o mês de outubro, que é o mês dorosário, vale a pena responder a algumas dessas objeções:
 
1. O terço não está na Bíblia
 
Claro que está! Certamente, não como o conhecemos hoje, mas todas as orações do terço e os mistérios que meditamos têm sua origem na Bíblia. Não foi por acaso que o Papa João Paulo II chamou o terço de “compêndio do Evangelho”.
 
2. Onde a Bíblia diz que devemos rezar o terço?
 
A esta pergunta podemos responder com outra: onde a Bíblia diz que devemos fazer só o que a Bíblia diz? Desde sua origem, a comunidade cristã se guiou pela Sagrada Escritura, mas também pelos ensinamentos dos apóstolos (como pede a Bíblia).
 
E se você quer cumprir o que a Bíblia diz, lembre-se de que a Bíblia pede para meditar sobre a Palavra de Deus, orar e interceder uns pelos outros. E o terço é isso!
 
Não nos esqueçamos de que Maria disse que todas as gerações a chamariam de bem-aventurada. Como cumpre esta promessa deMaria quem não reza a Ela?
 
3. Maria foi uma mulher como todas, morreu e não ouve nossas orações
 
Consideremos estas 4 afirmações (irrefutáveis, dado que são bíblicas):
 
– Maria foi escolhida por Deus para ser a Mãe do seu Filho. Isso a torna superior a todas as mulheres.
 
– No Antigo Testamento, vemos a grande importância dada à mãe de um rei e seu poder de interceder por alguém diante de seu filho.
 
– O Senhor, que nos mandou honrar nossa mãe, sem dúvida honrou a sua. Como? Libertando-a da corrupção do pecado e da morte.
 
– Jesus disse que Deus não é um Deus de mortos, mas de vivos, porque todos vivem para Ele.
 
Estas afirmações permitem concluir que Maria, como Mãe do Filho de Deus, Mãe do Rei, está no céu, junto a Jesus, e Ele atende sua intercessão por nós.
 
4. O terço dá mais importância a Maria que a Jesus
 
Tudo no terço nos faz olhar para Jesus. Rezamos o Pai-Nosso, que Jesus nos ensinou. Nas Ave-Marias, nós o proclamamos “Bentito” e pedimos à sua Mãe que rogue por nós. Além disso, todos os mistérios estão relacionados à sua vida.
 
5. O terço é uma oração repetitiva, como as que Jesus condena
 
Jesus não condenou a repetitividade, mas o vazio das preces. Ele mesmo justificou um publicano que pedia perdão repetitivamente. Repetir as orações no terço equivale a repetir a alguém que você o ama, e não se cansa de dizer nem ouvir isso. A sequência de Ave-Marias acalma a alma e permite contemplar cada mistério.
 
6. É complicado rezar o terço
 
É fácil rezar o terço e é fácil aprender a rezá-lo. Há uma verdadeira abundância de folhetos explicativos e pessoas que boa vontade que podem lhe ensinar.
 
7. Rezar o terço é chato
 
Chato é rezar mecanicamente, pensando em outra coisa e esperando acabar logo. Se você aproveitar cada mistério para contemplar a cena e sobretudo para relacioná-la com o que você está vivendo, conversando sobre isso com Maria, então rezar oterço será fascinante, sempre atual, e você gostará mais dele, porque o renova constantemente.
 
(Artigo publicado originalmente por Desde la Fe)

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Vamos celebrar

Você quer ter uma experiência viva com o Deus vivo? Então, não perca AO VIVO o programa "Vamos celebrar" na web rádio Inter Mirifica, com momentos de louvor e reflexão da Palavra.
Apresentação do seminarista Ueriques Santos e participação dos seminaristas Fabrício Rodrigues, Paulo Fernando e Julio Cesar Oliveira.
Inter Mirifica: a Igreja cada vez mais perto de você!
NOVIDADE! Agora você também pode ouvir nossa rádio no aplicativo do seu Android.
Corre lá no Play Store e baixe o app RadiosNet e procure por Inter Mirifica. http://l.radios.com.br/r/34253

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Programa Vamos celebrar- Inter Mirifica

Olá amigo (a), á radio diocesana Inter Mirifica te convida para mais um grande sucesso o programa "Vamos celebrar", apresentado pelo seminarista Ueriques Santos. Voce encontrará: oração, musica, entretenimento, intercessão, louvor e bate papo. Poderá acompanhar pelo site: http://www.diocesesaocarlos.org.br/webradio/ ou pela página: https://www.facebook.com/intermirifica.sc/?fref=ts.
Inter Mirifica: A Igreja mais próxima de você

é hoje a grande estréia ás 22hrs

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Mais uma de Francisco: Papa Permite perdão do aborto durante o ano santo

Papa é fotografado ao chegar a praça São Pedro, no Vaticano  (Foto: Gregorio Borgia/AP )




Papa Francisco permite perdão do aborto durante Ano Santo

Padres poderão perdoar mulheres que os procurarem.
Medida é mais recente passo para promover Igreja mais aberta e inclusiva.


Papa Francisco vai dar permissão a todos os padres para perdoar formalmente as mulheres que tiveram abortos e buscarem perdão durante o Ano Santo da Igreja Católica, que vai de dezembro de 2015 a novembro de 2016.
A medida é o mais recente passo do Papa argentino para promover uma igreja mais aberta e inclusiva.
Em uma carta publicada pelo Vaticano nesta terça-feira (1º), Francisco descreveu o “calvário existencial e moral” enfrentado por mulheres que terminaram sua gravidez, e disse que conheceu “tantas mulheres que carregam em seus corações a cicatriz dessa decisão angustiante e dolorosa”.
Na doutrina católica, o aborto é um pecado tão grave que aqueles que o realizam ou sofrem são excomungados automaticamente.
O aborto só pode ser formalmente perdoado pelo confessor chefe de uma diocese – conhecido pelo termo italiano "penitenziere" – ou por um missionário cristão, disse o padre Ciro Benedettini, porta-voz do Vaticano.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Maria: Mãe, Modelo de rainha


     Maria: Mãe, Modelo de rainha

Tópico II


Nesse segundo tópico iremos decorrer "Maria, mãe e rainha", costumamos proclamar para as pessoas que a nossa mãe é eternamente linda e rainha de nossas vidas, e tudo isso derivado do amor em que sentimos por elas. E os motivos? Seria em dizer o mesmo da gratidão em que temos por elas de nos da cuidados com o que nos cerca. Imaginemos então, a Mãe de nosso senhor Jesus Cristo!
Maria és rainha: a mãe do salvador estava predestinada ou melhor pensada por Deus antes de todas as criaturas. E isso, porque Maria foi escolhida para uma missão notável e grandiosa de amor: ser a mãe de Cristo Jesus, fonte de toda ternura e graça.
Nesse contexto então, temos em Maria o modelo por excelência para derivadas vocações, sejas elas, religiosa, clerical ou laical, pois de modo viveu com amor incorruptível a doação total aos planos do altíssimo e acima de tudo, ela soube dar seu "sim", ao forte clamor que Deus fez e ainda mais no velho verbete: o vem e segue-me.
A santíssima de Nazaré, é mãe de milhões de pessoas, e principalmente dos verdadeiros e autênticos cristãos, pelo motivo do início de sua missão, em Pentecostes, os apóstolos, quando nasceu a santa Igreja missionária:
Maria é a Mãe das missões, porque estava presente no início da missão, no Pentecostes, os Apóstolos, quando nasceu a Igreja missionária. "Ela presidiu com sua oração o início da evangelização sob a influência do Espírito Santo" por isso, Nossa senhora é a concubina inerente dos cristãos.  Do que lugar atravessa os cristãos, a Virgem Maria a grande mestra está lá, junto com eles frequentando com o seu povo.s

autor: Cléber Aparecido R da Silva.


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Cap. 1: Maria, modelo de mulher hoje

-Maria, o modelo de mulher hoje!

Em que espaço e momento a mulher vive hoje? Qual é a sua ação do mundo contemporâneo?
Ao decorrer do tempo a mulher começa a ser reconhecida para além da simples mãe e  dona de casa. As mulheres ocupam hoje posto de trabalho, cargos no governo, tornam-se as grandes referencias culturais. Essas transformações, esses alcances teve suas percepções desde as Guerras Mundiais do século passado quando as mulheres tiveram que largar suas casas para ocupar um espaço vazio  deixado pelos homens que seguiram para os combate, é irrevogável. Entretanto as mulheres hoje são muito mais que mães; tornaram-se influentes e verdadeiras chefes de família, verdadeiras máquinas de trabalho ou melhor verdadeiras pensadoras.
Após esses períodos de tensas luta pela igualdade de gênero, a mulher se destaca, enfim, descobrir-se mulher: com sua densas complexidade, com suas características físicas, as afetividades e emoções próprias e com sua grande capacidade de ler o mundo de uma forma bastante diferente que a dos homens - uma leitura que abrange a poesia, que inclui as famosas entrelinha, que inclui o que não é dito expressamente, mas que se baseia nos olhos e nas atitudes do próximo.
Então se fossemos pensar o que Maria diria sobre essa nova mulher? Teria sido ela uma mulher á frente de seu tempo e, assim, capaz de se tornar um marco hoje para a mulher moderna?
Bem provável, Maria não foi ninguém á frente de seu tempo para a sociedade. E sim somente uma mulher. Mulher que com sua sensibilidade feminina teve a capacidade de perceber que naquele ser que lhe interpelou certo dia em Nazaré, um envidado do altíssimo. Mulher cujo a crença acreditou que esse mesmo altíssimo era capaz de fazer grandes obras e por que não seria capaz de realizá-las nela própria? Ora mulher cujo a pertença a seu mundo sabia das conseqüências que traria o seu sim em sua vida, poderia por ele ser levado a pior justiça humana; á morte. Mulher esta que com grande coragem confessou-se grávida ao noivo, caminhou com ele, já esposo, para a terra estranha, criou o filho já viúva, seguiu com fervor os passos do filho em sua missão e, finalmente, corajosamente  seguiu-o contorcida em dores, mas com firmeza até a santa cruz. Mulher de grande sabedoria que conhecia o seu Deus e que sabia que ele não a desamparia.
Contudo, esses ponto que Maria assina para a mulher do tempo presente. Mulheres sensíveis que encontram a poesia do mundo e as transcedem aos homens e ás crianças. Mulheres com a certeza de costruir as maravilhas nascidas do nada. Mulheres de grande atuação que lutam pela a melhoria da vida de sua família, e de seu espaço trabalho, o no ambiente social de sua cidade. Mulheres  fortes que enfrentam a violência, buscam com fé novos caminhos, que lutam contra as doenças, que enfrentam as situações de diversos tipos, com a clara certeza que cabe a elas a construção de um novo mundo.
Mulheres estas que, por fim, se sabem ser mulheres, criaturas abençoadas por Deus com graça da maternidade, com possibilidade de gerar vida desde seus corpos até seus atos.
Mulheres que, por fim, se sabem mulheres, criaturas abençoadas por Deus com a graça da maternidade, com a possibilidade de geração da vida desde seus corpos até seus atos.
A essas criaturas femininas, o sim de Maria é bastante secreto em si: ainda que não as percebem, dizem-no todos os dias quando saem para o trabalho, quando zelam por suas famílias, quando reclamam da injúrias, quando mostram- mesmo sem o saber- que a vida tem um sentido.
As mulheres de nossas época podem cantar como outrora a santa Mãe de Deus cantou: minha alma engrandece ao Senhor. Confirmando o sim, porque sua existência mostra ao mundo uma outra face de Deus: um Deus atuante, compassivo, trabalhador; um Deus atento à humanidade, um Deus cuidador, um Deus provedor.
O que Maria tem a dizer a mulher hoje? Que sejam apenas mulheres e, através de si, deixem Deus ser apenas Deus.




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